O carvão é uma das fontes de geração de energia mais poluentes que existe, além de ser um dos principais responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa que contribuem para o aquecimento global. Estima-se que cerca de 60% do carvão consumido no planeta é usado para gerar energia.
Segundo o WRI, 1.199 novas usinas a carvão, com uma capacidade total de 1,4 milhão de MW, estão sendo propostas globalmente. Os projetos estão espalhados em 59 países, mas três quartos dessas usinas devem ser construídos em apenas dois países, Índia e China. Segundo o estudo, o mercado global de carvão passa por uma mudança de eixo, saindo do Atlântico – Reino Unido, França e Estados Unidos – e passando para o Pacífico, com Japão, China, Índia e Coreia do Sul. Mas isso não significa que os países europeus estão mais “verdes”, já que a Europa continua sendo um dos principais importadores de carvão do mundo.
O Brasil aparece na lista com um projeto de construção de usina a carvão, a termelétrica Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, com capacidade para gerar 720 MW. A usina, em fase de construção, recebeu licença ambiental em 2006. A termelétrica é administrada pela MPX Energia, empresa do grupo EBX, do empresário Eike Batista, e custou R$ 3 bilhões.
O relatório do WRI está disponível para download, em inglês.
Foto: Usina termelétrica na Alemanha. Carsten Koall/GettyImages
(Bruno Calixto)
Revista Época
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