Da Redação, com Rádio Vaticano
Rádio Vaticano
O Papa Bento XVI reunido com os embaixadores junto à Santa Sé
Conforme acontece habitualmente no início do ano, o Papa Bento XVI recebeu nesta segunda-feira, 7, os membros do Corpo Diplomático, aos quais dirigiu um discurso em que abordou os problemas de justiça e paz, exprimindo as suas preocupações e propostas a esse propósito.
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.: NA ÍNTEGRA: Discurso do Papa ao corpo diplomático
Bento XVI começou seu discurso parabenizando as relações frutuosas que a Igreja Católica mantém com as autoridades civis em todo o mundo. “Trata-se de um diálogo que tem a peito o bem integral, espiritual e material, de cada homem e visa promover por toda a parte a sua dignidade transcendente”.
E esta dimensão católica da Igreja, que a leva a abraçar todo o universo, não constitui, conforme destacou o Santo Padre, uma ingerência na vida das diversas sociedades, mas serve para iluminar a reta consciência dos seus cidadãos e convidá-los a trabalhar pelo bem de cada pessoa e o progresso do gênero humano.
Foi neste contexto que Bento XVI situou os acordos bilaterais estabelecidos ou ratificados em 2012 com vários países, assim como as viagens apostólicas por ele realizadas ao México, a Cuba e ao Líbano. “Ocasiões privilegiadas para reafirmar o empenhamento cívico dos cristãos naqueles países e também para promover a dignidade da pessoa humana e os fundamentos da paz”.
Ainda no discurso, o Papa lastimou o fato de hoje em dia, por vezes, se pensar que a verdade, a justiça e a paz são utopias que se auto-excluem. “Diversamente, na perspectiva cristã, há uma ligação íntima entre a glorificação de Deus e a paz dos homens na terra, de tal modo que a paz não resulta meramente de um esforço humano, mas deriva do próprio amor de Deus… Na realidade, sem uma abertura ao transcendente, o homem cai como presa fácil do relativismo e, consequentemente, torna-se-lhe difícil agir de acordo com a justiça e comprometer-se pela paz.”
Sobre o fanatismo de ordem religiosa, que continua a fazer vítimas, o Santo Padre voltou a sublinhar que se trata de uma “falsificação da própria religião", já que a religião visa reconciliar o homem com Deus, tornando claro que cada homem é imagem do Criador.
Recordando a responsabilidade de trabalhar pela paz, Bento XVI citou os numerosos conflitos que continuam a ensanguentar a humanidade, a começar pelo Médio Oriente. “Renovo o meu apelo para que se deponham as armas e possa, o mais rápido possível, prevalecer um diálogo construtivo para acabar com um conflito que, se perdurar, não conhecerá vencedores mas apenas derrotados, deixando em campo atrás de si apenas ruínas.”
O Pontífice também fez uma referência à Terra Santa: "Na sequência do reconhecimento da Palestina como Estado Observador não-Membro das Nações Unidas, renovo os meus votos de que israelitas e palestinianos, com o apoio da comunidade internacional, se empenhem por chegar a uma convivência pacífica no contexto de dois Estados soberanos, onde o respeito pela justiça e as legítimas aspirações de ambos os povos seja tutelado e garantido. Jerusalém, torna-te aquilo que o teu nome significa: cidade da paz e não da divisão, profecia do Reino de Deus e não mensagem de instabilidade e conflito!"
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.: NA ÍNTEGRA: Discurso do Papa ao corpo diplomático
Bento XVI começou seu discurso parabenizando as relações frutuosas que a Igreja Católica mantém com as autoridades civis em todo o mundo. “Trata-se de um diálogo que tem a peito o bem integral, espiritual e material, de cada homem e visa promover por toda a parte a sua dignidade transcendente”.
E esta dimensão católica da Igreja, que a leva a abraçar todo o universo, não constitui, conforme destacou o Santo Padre, uma ingerência na vida das diversas sociedades, mas serve para iluminar a reta consciência dos seus cidadãos e convidá-los a trabalhar pelo bem de cada pessoa e o progresso do gênero humano.
Foi neste contexto que Bento XVI situou os acordos bilaterais estabelecidos ou ratificados em 2012 com vários países, assim como as viagens apostólicas por ele realizadas ao México, a Cuba e ao Líbano. “Ocasiões privilegiadas para reafirmar o empenhamento cívico dos cristãos naqueles países e também para promover a dignidade da pessoa humana e os fundamentos da paz”.
Ainda no discurso, o Papa lastimou o fato de hoje em dia, por vezes, se pensar que a verdade, a justiça e a paz são utopias que se auto-excluem. “Diversamente, na perspectiva cristã, há uma ligação íntima entre a glorificação de Deus e a paz dos homens na terra, de tal modo que a paz não resulta meramente de um esforço humano, mas deriva do próprio amor de Deus… Na realidade, sem uma abertura ao transcendente, o homem cai como presa fácil do relativismo e, consequentemente, torna-se-lhe difícil agir de acordo com a justiça e comprometer-se pela paz.”
Sobre o fanatismo de ordem religiosa, que continua a fazer vítimas, o Santo Padre voltou a sublinhar que se trata de uma “falsificação da própria religião", já que a religião visa reconciliar o homem com Deus, tornando claro que cada homem é imagem do Criador.
Recordando a responsabilidade de trabalhar pela paz, Bento XVI citou os numerosos conflitos que continuam a ensanguentar a humanidade, a começar pelo Médio Oriente. “Renovo o meu apelo para que se deponham as armas e possa, o mais rápido possível, prevalecer um diálogo construtivo para acabar com um conflito que, se perdurar, não conhecerá vencedores mas apenas derrotados, deixando em campo atrás de si apenas ruínas.”
O Pontífice também fez uma referência à Terra Santa: "Na sequência do reconhecimento da Palestina como Estado Observador não-Membro das Nações Unidas, renovo os meus votos de que israelitas e palestinianos, com o apoio da comunidade internacional, se empenhem por chegar a uma convivência pacífica no contexto de dois Estados soberanos, onde o respeito pela justiça e as legítimas aspirações de ambos os povos seja tutelado e garantido. Jerusalém, torna-te aquilo que o teu nome significa: cidade da paz e não da divisão, profecia do Reino de Deus e não mensagem de instabilidade e conflito!"
Canção Nova
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