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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Sefaz libera boleto do IPVA pela internet


Os boletos do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) deste ano já podem ser gerados pela internet no site da Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz-CE) e foi liberado a partir desta segunda-feira, 7.
Previsão da Sefaz é arrecadar mais de R$ 500 milhões com o imposto neste ano (Foto: Alex Costa)
O contribuinte deve clicar na barra "serviços on line", depois em "IPVA", "DAE para pagamento" e "IPVA 2013". É preciso informar número da placa, renavam ou chassi.
Neste ano, a tabela (.PDF) do tributo, que deve ser pago pelos propritários de veículos no Ceará, teve uma redução média de 9,41% em relação ao valor estabelecido em 2012.
A estimativa da Sefaz-CE é arrecadar R$ 513,3 milhões de 1.696.599 veículos. Os contribuintes que pagarem o imposto até o vencimento de 31 de janeiro receberão desconto de 5%. Quem decidir parcelar, pode fazer em até quatro vezes. O pagamento será feito nos dias 8 dos meses de fevereiro, março, abril e maio.
Diário do Nordeste

A três dias da posse de Chávez, clima é de incerteza na Venezuela


Apoiador de Chávez segurou uma foto do presidente durante a eleição da Assembleia Nacional, no sábado (5) (Foto: AP Photo / Ariana Cubillos)A três dias da cerimônia de posse do presidente reeleito da Venezuela, Hugo Chávez, marcada para o dia 10, o país vive em clima de incerteza e dúvidas. O presidente interino, Nicolás Maduro, e o presidente reeleito da Assembleia Nacional (Parlamento), Diosdado Cabello, sinalizaram que a data da posse pode ser alterada, mas não definiram quando. Há ainda a possibilidade de empossar Chávez em Havana, capital de Cuba, onde ele se encontra há quase um mês.
Hospitalizado para um tratamento de combate ao câncer, Chávez não aparece em público desde o começo do mês passado. No dia 11, ele foi submetido a uma cirurgia para a retirada de um tumor maligno na região pélvica. Durante a cirurgia, teve hemorragia e, depois, complicações respiratórias. No início do mês, autoridades informaram que ele estava com uma infecção respiratória grave.
Pela Constituição da Venezuela, na ausência do presidente eleito é empossado interinamente o presidente da Assembleia Nacional, no caso Cabello. Uma vez no poder, Cabello deve promover eleições presidenciais em até 30 dias. Porém, em meio ao agravamento do estado de saúde de Chávez, seus aliados articulam para adaptar as atuais circunstâncias às possíveis brechas existentes na legislação do país.
A decisão sobre o adiamento da cerimônia de posse, segundo especialistas, está sob responsabilidade da Sala Constitucional do Tribunal Supremo de Justiça (Suprema Corte). A presidenta do órgão é Luiza Estella Moralles.
Há a hipótese de Chávez ser empossado em Cuba na presença de integrantes do Tribunal Supremo de Justiça (Suprema Corte). A Constituição da Venezuela não prevê tal situação, portanto não proíbe. Outra alternativa é declarar Chávez momentaneamente impossibilitado de tomar posse. Nesse caso, Cabello assume por 90 dias, pois Chávez estará licenciado. O período pode ser prorrogado.
Em meio às especulações, os aliados de Chávez promovem campanha nacional de orações e manifestações de apoio ao presidente. No sábado (5), quando houve as eleições para o novo comando da Assembleia Nacional, manifestantes saíram às ruas exortando o papel de Chávez na política e suas ações. Nas redes sociais, há também campanhas, lideradas por integrantes do governo, para que a população evite a chamada rede de intrigas. 
Revista Época

Acusados de estupro são levados a tribunal na Índia


 Um veículo transportando os cinco acusados de estuprar e matar a jovem estudante indiana Jyoti Singh Pandey chegam ao tribunal em Nova Délhi (Foto: Manish Swarup/AP)Cinco homens acusados de estuprar a universitária Jyoti Singh Pandey , de 23 anos, em Nova Delhi, na Índia, compareceram ao tribunal para a audiência preliminar. Eles podem ser condenados à morte. O sexto integrante do grupo, um jovem de 17 anos, será julgado por um tribunal especial para crianças e adolescentes. A agressão contra a jovem desencadeou uma série de protestos violentos em várias cidades indianas e cobranças de providências às autoridades.
A coleta de depoimentos dos cinco suspeitos foi interrompida em decorrência do clima de indignação e de protestos no tribunal. Incapaz de controlar a multidão que assistia à audiência, a juíza do caso decidiu que os depoimentos seriam tomados em uma sala fechada, sem a presença do público.O julgamento deve ser transferido para um juizado especial, que pode acelerar o processo. 
O julgamento ocorre depois de quatro policiais de Nova Delhi serem presos acusados de negligência nas investigações de outra denúncia de estupro e assassinato.
A estudante de medicina, que estava acompanhada por um amigo, foi estuprada dentro de um ônibus em Nova Delhi – que é apontada como a capital da violência sexual. Depois de agredida, a universitária e o amigo foram lançados para fora do veículo. A indiana agredida morreu por falência múltipla dos órgãos, no último dia 29, em Cingapura, onde estava internada.
AS
Revista Época

Precisamos mais do que nunca investir em aeroportos, diz Dilma


A presidente Dilma Rousseff disse em seu programa semanal de rádio que o governo precisa investir "mais do que nunca" no setor aeroportuário, com a finalidade de atender à demanda de passageiros, que, segundo ela, mais que dobrou nos últimos dez anos.
"Com o aumento da renda da população nos últimos anos, cada vez mais brasileiros estão viajando de avião, para conhecer o Brasil, para fazer negócios, também para visitar a família e também para passear no exterior", afirmou Dilma.

"Precisamos, mais do que nunca, investir na ampliação e na modernização de nossos aeroportos para oferecer um serviço de qualidade", disse a presidente ao comentar os anúncios feitos para o setor aeroportuário em dezembro.
Jorge Araújo/Folhapress
Passageiros conferem como será o aeroporto de Guarulhos no futuro em espaço com telas interativas
Passageiros conferem como será o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no futuro em espaço com telas interativas
Durante o programa "Café com a Presidenta", Dilma citou a necessidade de desenvolvimento da aviação regional --um dos principais eixos do Programa de Investimentos em Logística: Aeroportos, lançado em 20 de dezembro-- e a parceria entre setor público e privado na concessão de grandes aeroportos à iniciativa privada.
Ao comentar o anúncio feito em dezembro da concessão de Galeão (RJ) e Confins (MG), cujos leilões ocorrerão neste ano, Dilma disse querer atrair "os operadores dos maiores aeroportos do mundo" para administrá-los.
"Vamos exigir que as empresas que irão disputar a concessão tenham experiência de gestão em grandes aeroportos", disse a presidente.
"Tenho certeza de que os aeroportos brasileiros serão um excelente negócio. Nós vamos, no Brasil, continuar gerando oportunidades de investimento, emprego e renda. E, assim, nós vamos ter uma população que, cada vez mais, vai consumir, tanto produtos como serviço. E, por isso, cada vez mais nós teremos uma demanda por aeroportos", afirmou Dilma.

UOL Notícias

Falsos sorteios do iPhone 5 enganam mais de 200 mil no Facebook


Ano Novo é sinônimo de esperanças renovadas e também de novos sorteios falsos de produtos da Apple no Facebook. Publicados na primeira semana de janeiro, dois novos sorteios falsos do iPhone 5 encontrados pelaMacworld Brasil na rede social já enganaram mais de 200 mil brasileiros. O smartphone mais novo da Apple tem preços a partir de 2.400 reais por aqui (modelo desbloqueado).
Postados por duas páginas diferentes, mas com o mesmo nome “Apple Brasil”, as enganações em forma de posts trazem inclusive a mesma foto, retirada de uma reportagem do site Cult of Mac, e textos iguais até nos notáveis erros de gramática.
Veja também:
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De acordo com os sorteios falsos, para concorrer aos supostos iPhones 5, os usuários da maior rede social do mundo precisam curtir e compartilhar o post, comentar a imagem dizendo qual cor do iPhone gostaria de ganhar e ainda curtir as páginas.
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Uma das páginas promete que o resultado será publicado em 29/3 enquanto que a outra nem incluiu essa informação no post – com exceção dessa diferença, os textos são praticamente iguais.
Como dissemos no início da reportagem, essa não é a primeira vez que sorteios desse tipo aparecem no Facebook e provavelmente não será a última. Por isso, fique de olho e avise aos amigos e familiares na rede social.
Como a assessoria da Apple já afirmou anteriormente para a Macworld Brasil, a empresa não realiza nenhum tipo de sorteio de seus produtos.
Vale lembrar que é possível denunciar práticas fraudulentas desse tipo no Facebook ao simplesmente clicar na opção Denunciar Esta Foto, logo abaixo da imagem, e seguir os passos.
Atualização:
Após a grande repercussão do caso, as páginas falsas da Apple Brasil retiraram os supostos sorteios do ar no Facebook.
UOL Notícias

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Cáritas promove campanha em prol das vítimas das chuvas no Rio de Janeiro


caritasbrasileiraA Cáritas da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), em sua Campanha de Emergência, está recebendo doações para os desabrigados, vítimas das chuvas na Baixada Fluminense. Em menos de 24h, o temporal já causou muitos transtornos à população.
As fortes chuvas começaram por volta das 2h da madrugada da quinta-feira, 3 de janeiro, em Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, provocando uma morte. A chuva trouxe muita destruição e deixou centenas de pessoas desabrigadas. Rios e córregos da região subiram rapidamente, moradores deixaram as casas praticamente só com a roupa do corpo. A força da correnteza arrastou casas inteiras, deixou carros empilhados e destruiu quatro pontes.
O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, lamentou a tragédia e enfatizou a campanha para ajudar as vítimas das chuvas. “Todo ano, nesse mês de janeiro, nós vemos que as chuvas se intensificam e nós sabemos dessa realidade urbana aqui em nossa região do Rio de Janeiro, que sofre com relação às chuvas, ao deslizamento, a inundações... famílias perdem seus bens, perdem suas casas, algumas pessoas perdem também a vida. A arquidiocese do Rio de está fazendo sua arrecadação tanto de dinheiro, como de alimentos, água e algumas coisas necessárias para as pessoas, para enviarmos através das Cáritas também dessas cidades e Dioceses, para as pessoas que mais necessitam. É um jeito de nós encontrarmos Cristo na pessoa do outro”, afirmou.
Para aderir à campanha, as doações de roupas, calçados e alimentos podem ser feitas na sede Cáritas (Rua dos Arcos, 54, Catedral, subsolo). A ajuda também pode ser feita através de depósito: Banco Bradesco: conta corrente 48500-4, agência 0814 –1, em nome de Cáritas Emergência. Banco do Brasil: conta corrente 3000-4, agência 3114-3, em nome de Cáritas.
CNBB

Canção Nova faz memória aos 6 anos de falecimento do padre Léo


Da Redação, com Portal Canção Nova


Arquivo
Padre Leo faleceu aos 46 anos após uma intensa luta contra o câncer
Nesta sexta-feira, 4, a Comunidade Canção Nova recorda com saudade a morte de padre Léo, falecido em 2007, aos 46 anos, após uma intensa luta contra o câncer. 

Uma Missa em memória ao sacerdote, será celebrada hoje, às 20h, pelo padre Vicente, da Comunidade Bethânia, com transmissão ao vivo pela TV Canção Nova. 

Desde muito jovem, padre Léo destacava-se por sua liderança dentro da Igreja e seu jeito alegre e cativante de falar de Deus. Durante sua vida religiosa, foi assessor diocesano da Renovação Carismática Católica (RCC), em Pindamonhangaba (SP), assessorou a juventude da RCC na região Sul do Brasil e foi orientador da Renovação na arquidiocese de Florianópolis (SC).

Sempre buscando ajudar o próximo e no intuito de fazer algo bom pela Igreja, em outubro de 1995, padre Léo fundou a Comunidade Bethânia com a missão de acolher e restaurar jovens dependentes químicos, portadores de HIV e marginalizados em geral. Até hoje muitas pessoas são beneficiadas e curadas com a ajuda da comunidade, a qual conta, hoje, com cinco casas espalhadas pelo Brasil.

Padre Léo foi pregador de muitos retiros, encontros e concentrações em todo o país. Na Canção Nova, o sacerdote pregou em muitos acampamentos atraindo inúmeras pessoas que gostavam de participar de suas palestras. Além das pregações, muitos peregrinos o acompanhavam pela TV e Rádio Canção Nova.

O sacerdote tinha uma forma cativante de chamar a atenção das pessoas para a Palavra de Deus, pois, fazendo-as rir com sua histórias, ele proclamava com autoridade os ensinamentos deixados por Jesus.

Padre Léo deixou um acervo espiritual muito grande em livros e palestras, falando, sobretudo, da restauração da pessoa humana pela cura interior e pela restauração da família.

Chávez tem insuficiência respiratória, diz ministro


Hugo Chavez (Foto: Renato Araújo / Agência Brasil)O presidente da VenezuelaHugo Chávez, sofre de insuficiência respiratória como consequência de uma "severa infecção pulmonar", segundo um pronunciamento do ministro de Comunicação venezuelano, Ernesto Villegas, feito em uma cadeia de rádio e televisão.
Villegas reiterou a confiança do Governo na equipe médica que atende Chávez, "que deu acompanhamento permanente à evolução clínica do paciente e agiu com a mais absoluta rigorosidade perante cada uma das dificuldades apresentadas", disse.
O ministro disse que os veículos de imprensa internacionais estão fazendo uma "guerra psicológica" com as notícias sobre o estado de saúde do presidente Hugo Chávez. 
Na quinta-feira (3), o vice-presidente Nicolás Maduro afirmou que Chávez "está consciente de todas as circunstâncias complexas que está vivendo", mas disse que o presidente estará outra vez no país "mais cedo do que tarde".
AS
Revista Época

Começa julgamento de acusados de estupro coletivo contra jovem indiana


Julgamento dos acusados do estupro coletivo de jovem indiana começa nesta quinta-feira (3) em Nova Délhi, na Índia (Foto: EFE/Str)O julgamento contra cinco dos seis acusados de estuprar uma estudante de 23 anos em um ônibus em Nova Délhi, na Índia, começou nesta quinta-feira (3) em meio a uma grande expectativa de que os réus sejam condenados à morte. No último dia 29, a polícia anunciou oficialmente que os seis acusados seriam julgados por crime de assassinato, já que a vítima morreu em decorrência dos ferimentos provocados durante o ataque. Eles também foram indiciados por estupro e sequestro.
A polícia apresentou ao magistrado Surya Malik Grover, da corte metropolitana de Saket, no sul da capital indiana, um relatório contra os acusados. Segundo a imprensa local, a decisão de Grover será tomada no dia 5 de janeiro.
Os acusados de estuprar e torturar a estudante não foram ao tribunal, onde muitas pessoas se aglomeravam na porta do prédio com cartazes que pediam a condenação máxima para os estupradores e maior segurança para as mulheres.
No julgamento será empregada como prova a narração do que aconteceu com a vítima atacada antes de morrer em um hospital de Cingapura. Cerca de 30 testemunhas, entre médicos que trataram a paciente, serão ouvidas. O julgamento será desenvolvido pela "via rápida" e terá audiências diárias, disse ao jornal The Hindu o presidente do Tribunal Supremo da Índia, Altamas Kabir. Segundo ele, serão constituídos quatro tribunais a mais para julgar novos casos de violência sexual.
O presidente do Tribunal Supremo disse que aqueles que quiserem fazer justiça com as próprias mãos não devem perder de vista "o fato de que uma pessoa é inocente até que seja provada sua culpa". Já o representante do Colégio de Advogados de Saket, Sanjay Kumar, afirmou ao mesmo jornal que nenhum dos 2.500 advogados registrados na corte defenderá os acusados, para "assim assegurar que o julgamento seja feito de forma rápida". As autoridades indianas terão que proporcionar defesa para os implicados no caso de violação, que permanecem incomunicáveis com outros reclusos para evitar incidentes na prisão Délhi de Tihar, informou o canal local NDTV.
Dos seis acusados, um tem apenas 17 anos e, se condenado, pode sair em até três anos da prisão. Os outros podem ser condenados à morte. "O jovem deveria ser julgado antes dos outros, pois foi ele quem atraiu a minha filha para o interior do ônibus e foi quem a torturou de maneira mais impiedosa. Deveria ser executado da mesma forma que os outros cinco", disse o pai da vítima ao jornal The Economic Times.  Por telefone, o pai da jovem afirmou que o governo central deveria reduzir a idade penal para 15 anos. "Se esse menino cometeu 'brutalidades' aos 17 anos, o que ele fará quando crescer?", perguntou o pai.
Desde o estupro da jovem em 16 de dezembro do ano passado, a Índia vive uma onda de protestos inéditos, alguns deles violentos, como o que deixou 143 feridos e um morto na praça da Porta da Índia, em Nova Délhi, há 11 dias.
A jovem, que foi estuprada e torturada durante 40 minutos, foi transferida há uma semana para um hospital de Cingapura, onde morreu por conta de "infecções nos pulmões, no abdomên e um grande ferimento cerebral", informou o último boletim médico.
O Escritório Nacional de Registros de Crimes revelou em 2011 que a cada 20 minutos uma mulher é violada na Índia e que o violador é condenado apenas em um a cada quatro casos, devido à "corrupção" no corpo policial. 
O caso da jovem de 23 anos enfureceu a Índia e provocou uma maior conscientização da população sobre os abusos sexuais ocorridos no país. Nos últimos dias, novos casos de violação foram denunciados publicamente.
NP
Revista Época

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Cruz Vermelha e Defesa Civil recebem donativos arrecadados no réveillon da solidariedade


Os donativos arrecadados durante o Réveillon da Solidariedade, no aterro da Praia de Iracema, foram entregues à Cruz Vermelha e Defesa Civil pelo governador Cid Gomes na manhã desta quarta-feira, 2. Segundo o Governo do Estado (que divulgou uma foto do ato no Facebook), fora recolhidos 69 toneladas de alimentos não-perecíveis e cerca de 4.000 litros de água potável

O público que compareceu à festa promovida pelo Governo e patrocinadores pôde entregar as doações em estandes montados ao longo da Praia de Iracema.O material será destinado para as famílias atingidas pela estiagem no interior do estado

Com 17 atrações, incluindo o cantor Luan Santana e a dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano, o Réveillon da Solidariedade teve 15 minutos de show piromusical.
Redação O POVO Online

Seguro DPVAT está mais caro este ano; parcelamento começa nesta quarta


O ano começa tradicionalmente com o pagamento de impostos. Este ano, o DPVAT, seguro obrigatório de veículos, está em média 4,5% mais caro em relação a 2012.Uma novidade é que o imposto poderá ser parcelado em três parcelas, que poderão ser pagas a partir desta quarta-feira, 2. O benefício não será válido para veículos 0 km.

O DPVAT de carros de passeio custa R$ 105. O de caminhão ou caminhonete, R$ 110. Já o de micro-ônibus e ônibus particulares, que R$ 247. E o de motos, que têm alto índice de acidentes, R$ 292.

Automóveis, caminhões não terão essa opção, visto que a parcela mínima é de R$ 70,00. O parcelamento também não vale para os vencimentos anteriores, ou seja, os seguros atrasados devem ser pagos à vista.

Quem deve pagar

O seguro deve ser pago obrigatoriamente por todos os donos de carros uma vez ao ano - geralmente é cobrado na renovação do licenciamento. 

Ele foi criado em 1974, para indenizar vítimas de acidentes de trânsito sem apuração de culpa, seja do motorista, passageiro ou pedestre. 

Os valores das indenizações permanecem os mesmos. Em caso de morte, ela está fixada em R$ 13,5 mil. Este também é o limite para casos de invalidez permanente (o valor varia conforme o grau da invalidez). O seguro também reembolsa despesas médicas e hospitalares até o limite de R$ 2,7 mil.

Para solicitar o seguro, a própria vítima (ou parente) pode dar entrada no pedido gratuitamente, em qualquer um dos pontos de atendimento do Dpvat em todo o país. Vítimas e seus herdeiros (no caso de morte) têm um prazo de 3 anos após o acidente de trânsito para dar entrada no seguro. Com informações das agências.

Redação O POVO Online

Começa a gravação do CD da JMJ Rio 2013


logojmj2012Uma novidade musical está chegando para aquecer o coração dos jovens na caminhada rumo à Jornada Mundial da Juventude (JMJ): o CD com as canções das missas da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013. Alguns dos grandes nomes da música católica brasileira estiveram em estúdio, no dia 17 de dezembro, para dar início à gravação do CD, que será produzido por Marco Mazzola.
No CD, estão confirmadas as participações do padre Fábio de Melo, padre Reginaldo Manzotti, padre Omar Raposo, padre Juarez de Castro, padre Gleuson Gomes e da irmã Kelly Patrícia. As músicas serão cantadas em três dos Atos Centrais da JMJ: Missa de Abertura, acolhida do Papa e Missa de Envio. Além do hino da JMJ Rio 2013, estão, entre as canções conhecidas, “Kyrie Eleison”, “Cordeiro de Deus”, “Tantum Ergo”, “A Barca (Pescador de Homens)” e “Jovens Abençoados”, esta última que fez parte do CD “São Sebastião Acolhe a Juventude”, lançado na Trezena de São Sebastião deste ano.
Na lista de inéditas, estão uma homenagem à Nossa Senhora, uma homenagem ao Papa e uma música composta pelo padre Fábio de Melo.
Segundo o responsável pelo Setor de Atos Centrais, padre Renato Martins, com o CD da JMJ Rio 2013, o setor quer que o povo brasileiro aprenda as músicas e possa manifestar, durante as celebrações, a alegria e a participação ao cantá-las. “Conseguimos a participação de grandes cantores, que fazem a história da música católica brasileira. Buscamos nomes com os quais a juventude vai se identificar. Esperamos que todos abracem esse projeto e incentivem o povo nas suas paróquias a também cantar, para que, nas missas da Jornada todos possam mostrar ao Papa a face alegre de ser católico”, frisou.
Todos os padres que participaram do primeiro dia de gravação mostraram-se animados com as letras e melodias das músicas e lisonjeados em fazerem parte do CD do maior evento da Igreja Católica. De acordo com o padre Fábio de Melo, o CD será uma união de trabalhos diferentes de diversos cantores, que estão dentro de uma mesma linguagem: a música litúrgica, categoria de música que, segundo ele, será resgatada do esquecimento, com o CD.
“A música litúrgica é totalmente diferente porque ela é uma música para um contexto celebrativo e tem que fazer com que as pessoas que estão participando estejam conectadas com o que está acontecendo no altar. Esse CD resgata isso e será muito proveitoso porque vai dar a oportunidade de as paróquias terem uma música litúrgica correta e de as pessoas terem alegria em cantá-las”, explicou.
Para o padre Reginaldo, a música em si toca as pessoas pela sua própria natureza de ser uma linguagem universal e a proposta é congregar pela música, utilizando-a como ferramenta para unir pessoas de culturas diferentes e passar a mensagem do rosto jovem de Cristo. “A música é um excelente canal de evangelização. O que eu percebo na escolha destas músicas é que a melodia e os arranjos estão adequados para os dias de hoje. Então, é um resgate do próprio tesouro e história musical que a Igreja tem”, disse.
A irmã Kelly espera que o CD possa fazer com que as pessoas mergulhem no mistério da fé, a Eucaristia. “Vamos afervorar o coração da juventude no Brasil e no mundo como alguém que abana uma fogueirinha para que ela cresça e possa iluminar o mundo com a luz da fé e do amor ao Nosso Senhor”, enfatizou.
Padre Omar destacou que a participação dos cantores será uma contribuição simples porque, mais do que gravar o CD, todos devem incentivar as paróquias e toda a juventude brasileira e mundial a cantar bonito na missa com o Papa Bento XVI. “Agora, a gente está pertinho da Jornada e a música pode nos favorecer a trazer essa bela mensagem. Ela ajuda a reequilibrar essas realidades que a gente quer celebrar no próximo ano aqui na Cidade Maravilhosa”, evidenciou.
De acordo com padre Gleuson, a música ultrapassa todas as barreiras que possa existir com relação à questão doutrinal dos diversos credos, o que torna o Evangelho mais aberto. “Por trás está um ideal precioso de possibilitar que a Jornada seja um encontro de fé que possa traduzir a força de uma juventude que busca valores fortes do Evangelho, onde se possibilite um encontro dos jovens com Cristo. Esse momento vai mostrar, para a Igreja, essa capacidade da diversidade de dons, que nos torna cada vez mais potencializados na graça de evangelizar”, afirmou.
As gravações acontecerão até o fim de janeiro e a previsão é que o CD seja lançado em março.
CNBB

A conquista do mundo pela fé em Cristo


O MISTÉRIO DA FÉ Visão da Praça de São Pedro durante a cerimônia de canonização de sete santos, em outubro.  Num mundo moderno dominado pelo secularismo, as religiões continuam a exercer grande apelo  (Foto: Alessandra Tarantino/AP)Tente se imaginar em Jerusalém, na sexta-feira antes do meio do primeiro mês lunar dos judeus no ano 33 da nossa era. O líder judeu de um movimento morrera crucificado, a mais degradante execução que poderia ser imposta pelo Império Romano, entidade política dominante na região. Dentre os poucos que se mantiveram seus seguidores até aquele momento de perseguição, alguns contavam com ele para restaurar a independência de Israel, tornar-se rei dos judeus e reformar o judaísmo, devolvendo-lhe seu caráter distinto das religiões pagãs de todos os outros povos. Os líderes desse pequeno grupo eram, naquele momento, 11 homens. Nenhum deles gozava qualquer tipo de poder nem entre seus próprios compatriotas judeus, muito menos no Império Romano.
Desse cenário de derrota, o cristianismo evoluiu para ser a maior religião do mundo em número de praticantes. É a principal religião da Europa, das Américas, da Oceania, tem fortíssima presença na África e existe em quase todos os países da Ásia. Para os adeptos do cristianismo, não é difícil explicar como isso se deu. Desde o início, Jesus foi visto pela Igreja nascente como a encarnação de Deus na Terra. Foi, pois, graças ao poder e à vontade de Deus que essa seita derrotada da obscura Palestina do século I tornou-se a maior força civilizatória que a humanidade conheceu. Para quem quer se ater às explicações que prescindam de qualquer dado sobrenatural, a tarefa é muito mais complicada.
Um livro publicado neste ano lança uma hipótese. Em And man created God (E o homem criou Deus), ainda não lançado no Brasil, Selina O’Grady, uma documentarista da TV britânica, analisa como o cristianismo beneficiou o Império Romano – e como o Império Romano beneficiou o cristianismo. No livro, O’Grady desenvolve a tese de que o cristianismo se tornou a primeira religião universal por ter servido de base ideológica para um império, até então o mais amplo de todos. Desse amálgama de interesses, o cristianismo, por ter durado mais tempo, foi o maior beneficiário. Mas seu auge também já passou e, segundo O’Grady, estamos hoje numa era pós-religiosa, em que o secularismo o substituiu como “solução política para os sérios problemas de um mundo cada vez mais multicultural”.
Em seu livro, que a revista britânica The Economist classificou como “guia do cristianismo para ateus”, O’Grady analisa como diversos impérios – em Roma, na Pérsia, na Índia e na China – usaram, mais ou menos no tempo de Jesus, religiões para se expandir e foram usados por elas. O que mais interessa a O’Grady é a situação do Império Romano na época de Augusto, o primeiro imperador. Por volta do ano zero de nossa época, Roma, sob o domínio de Augusto, deixava de ser uma potência que tinha na expansão pelo uso da força sua principal razão de ser. Para Augusto, diz O’Grady, o objetivo era dar estabilidade a todo o território conquistado, levando os integrantes de todos os povos dominados a “adquirir um sentido de ‘romanidade’”. “Como sempre”, escreve O’Grady, “na tentativa de criar um Estado estável, era necessário mais a persuasão do que a força. As pessoas tinham de querer pertencer à nova e mais ampla entidade do Império.”
NO TEMPO DAS CATACUMBAS Reprodução de quadro do italiano Giuseppe Mancinelli, que retrata a perseguição aos primeiros cristãos, antes de o cristianismo virar a religião oficial do Império Romano (Foto: Glowimages/SuperStock)
A identidade das pessoas no passado estava sempre ligada à religião a que cada uma pertencia, diz O’Grady. Para transformar um império multiétnico num corpo político de que todos quisessem participar, Augusto precisava de uma religião imperial. Sua primeira opção foi divinizar a si próprio. O mesmo tipo de estratagema foi usado por Wang Mang, um usurpador do trono chinês contemporâneo de Augusto. Wang, segundo relatos, encenou cerimônias que o faziam parecer, aos olhos dos confucionistas, uma espécie de reencarnação de imperadores miticamente bons de três séculos antes. A forma tosca de combinar religião e império usada por Augusto e Wang não deu grandes resultados. Augusto foi declarado um deus oficialmente apenas depois de morto, e o Império Romano, ainda que duradouro, nunca foi caracterizado pela estabilidade de suas instituições. Wang foi derrubado e morto 12 anos depois de subir ao poder.
O’Grady vê no cristianismo o tipo de religião necessária para o Império Romano: uma religião universalista, que abolisse as diferenças entre as pessoas. O criador dessa religião não foi Jesus Cristo, mas Paulo de Tarso. “E Paulo criou o Cristo” é o nome do capítulo final de seu livro. Paulo era um judeu da diáspora, nascido na cidade portuária e multicultural de Tarso, no sul da Turquia. Formado como judeu estritamente observante, Paulo se tornou um perseguidor de cristãos. Depois de uma visão de Jesus que teve a caminho de Damasco, aderiu à nova seita. “Paulo dividiria o culto em dois e transformaria Jesus, o homem que morreu uma morte de criminoso na cruz, no Cristo o redentor, cuja morte e ressurreição deu a toda a humanidade, gentios e judeus, homens e mulheres, escravos e livres, a promessa de salvação e vida eterna”, afirma O’Grady.
Judeu, cidadão romano nascido na parte de cultura grega do Império, Paulo criou, segundo O’Grady, a imagem de um Deus que amaria a todos sem fazer distinção. O cristianismo concebido por Paulo, para ela, foi uma resposta à divisão que ele vivia em sua própria identidade. “Tarso era a arquetípica cidade greco-romana florescente do Oriente Médio, assim como Paulo era o exemplo do habitante de cidade lutando para combinar identidades novas e antigas”, escreve O’Grady. “Paulo representava numa forma radical os problemas da assimilação experimentada por toda pessoa conquistada do Império Romano – particularmente os habitantes das cidades.”
Para O’Grady, a nova religião se tornou especialmente atraente para uma classe média que ela diz ter crescido no novo Império Romano mais comercial que militar. Milhares de pessoas que lotavam as novas cidades e deixavam para trás suas aldeias se tornaram seguidoras de Jesus Cristo. “Impérios precisam que esqueçamos nossas diferenças, e Paulo forneceu o sistema de crença que faria isso”, escreve O’Grady. O cristianismo, diz ela, diminuiu as tensões entre Roma e os não romanos. Deixando de lado os séculos de perseguição, em que milhares de cristãos foram mortos pelos imperadores romanos, e os séculos que levaram à formação de um cristianismo organizado forte, O’Grady põe o cristianismo ao lado das religiões que, segundo seu livro, “prosperaram num conluio que formou uma aliança frequentemente instável entre um Estado poderoso e uma organização sacerdotal e burocrática”.
O APÓSTOLO Paulo de Tarso, por Diego Velázquez. Ele teve papel central no cristianismo. Segundo um novo livro, a concepção de um Deus para todos atendeu a um problema de identidade de Paulo, judeu, cidadão  romano e nascido na parte grega do antigo Impéri (Foto: Glowimages/SuperStock)
A leitura de E o homem criou Deus é interessante. O’Grady escreve bem, de modo fluente e coloquial. Sem se preocupar com o rigor acadêmico, ela traça um panorama cheio de curiosidades sobre experiências religiosas do mundo da Antiguidade. Sua interpretação de largo fôlego, no entanto, esbarra em vários problemas. Ela não é uma especialista em cristianismo. Sua versão para o início da religião não é nem inédita nem muito atual. Ela se filia à tradição iniciada no século XIX, em meio ao protestantismo liberal alemão, de separar o “Jesus histórico” do “Cristo da fé”. Esse projeto intelectual pretendia desvendar quem realmente tinha sido Jesus de Nazaré, o judeu do primeiro século de nossa era, antes de ele ter se transformado no Filho de Deus, cultuado pelos adeptos da religião dominante no Ocidente.
O projeto basicamente fracassou: não há nenhum consenso sobre quem teria sido o Jesus histórico. Fora dos Evangelhos, há poucas fontes – praticamente nenhuma independente – para conhecer o personagem. E separar, nos Evangelhos, o que pertence ao Jesus histórico e o que pertence ao Cristo da fé depende basicamente das intenções de cada pesquisador. Há quem veja em Jesus um judeu ortodoxo. Esses tratam de desconsiderar nos Evangelhos tudo o que não se coaduna com o judaísmo. Outros veem nele um judeu rebelde e descontam dos Evangelhos tudo o que possa parecer judaico demais. Jesus também já inspirou quem o vê como um judeu reformador, como um filósofo estoico ou como um revolucionário social combatendo a opressão romana. O’Grady sugere que ele é um dos muitos místicos ou pregadores errantes que percorriam o mundo clássico no início de nossa era, de grande confusão religiosa. Mas ela não está muito interessada em Jesus. Diante do pouco que se pode saber sobre ele, ela prefere concentrar sua atenção em Paulo.
Sua interpretação do relacionamento entre Paulo e Jesus também não é nova. Nem tem hoje a importância que já teve entre os estudiosos. Para O’Grady, é uma tese que vem a calhar. “A ideologia cristã representou uma tentativa similar (à do secularismo) de universalizar o que cada um tem de especial como reação à primeira fase de globalização criada pela Pax Romana”, diz ela. “São Paulo transformou o pequeno e obscuro culto a Jesus numa religião pronta para espalhar-se viralmente no mundo recém-globalizado.” Ao falar do projeto de Paulo de transformar uma “seita obscura” num sistema ideológico que dissolvesse as diferenças entre as pessoas, O’Grady conclui: “Estava fadado ao fracasso; não se consegue realmente eliminar a diferença – é nossa diferença em relação aos ‘outros’ que ‘nos’ define como grupo. De várias maneiras, Paulo complicou o problema. Ao fazer de cada um alguém igualmente especial, ele também conferiu a cada um de nós a autoridade moral para desafiar todas as outras formas de autoridade e criar grupos antagônicos. Os cristãos da Europa Ocidental se dividiram em seitas fervorosas depois da Reforma, e os resquícios do velho Império Romano ocidental foram destruídos pela guerra”.
Conferir a cada um a capacidade de desafiar a autoridade é algo visto como um dos fatores mais civilizatórios do cristianismo, mesmo por aqueles que acham que, num determinado momento, o cristianismo deixou de ser um avanço para se tornar um empecilho. Além disso, há uma espécie de circularidade no argumento de O’Grady. Ela diz que o cristianismo era exatamente o tipo de ideologia de que o Império Romano precisava para se estabelecer, porque universalizava os cidadãos. Depois, conclui que é exatamente essa característica que o tornava “fadado ao fracasso”. Paulo de Tarso, o autor mais prolífico do Novo Testamento, nunca diz que seu projeto tem qualquer coisa a ver com a perenidade do Império Romano. Até porque, mesmo sendo cidadão romano, Paulo foi várias vezes preso, torturado e acabou morto pelas autoridades do Império. O cristianismo só se tornou a religião oficial do Império Romano na época de Constantino, 300 anos depois de Jesus.
A hipótese historicista de E Deus criou o homem não parece muito capaz de explicar o impressionante destino histórico do cristianismo. “Desde pelo menos os anos 1960, supõe-se que a religião está de saída, que a ideologia secular dissolveria todas as fidelidades religiosas. É uma suposição que integra a ideia secularista de progresso. Com que alarme vemos hoje que a sociedade secular moderna abriga fundamentalismos religiosos de todas as variedades”, disse O’Grady ao encerrar sua palestra no Festival Internacional do Livro de Edimburgo, s onde foi uma das estrelas, em agosto. Ela dá voz a uma perplexidade comum em nosso tempo. Diante do radicalismo islâmico, presente mesmo entre as comunidades de muçulmanos emigrados para os países mais desenvolvidos da Europa, da violenta militância de colonos judeus ultraortodoxos nos territórios ocupados ou mesmo da fé arraigada e de consequências políticas de eleitores cristãos nos EUA ou no Brasil, o consenso do pensamento contemporâneo parece não ter outro diagnóstico senão o atraso. Religião, em suma, seria coisa de gente pouco ou mal instruída.
O IMPERADOR Busto de Augusto, o primeiro imperador romano.  De acordo com o livro, ele percebeu a necessidade de criar uma religião para estabilizar um império multiétnico. Sua primeira opção foi tentar divinizar a si próprio. Não deu certo  (Foto: bridgemanart)
Há outros livros no mercado que parecem atestar outra visão. Em novembro, foi lançado o livro Jesus de Nazaré: as narrativas da infância. Trata-se do terceiro e último volume da obra sobre Jesus escrita pelo papa Bento XVI. Assim como nos dois primeiros volumes, o papa discute as teses de exegetas e teólogos contemporâneos, especialmente de língua alemã. Não é um livro de leitura fácil. Mesmo assim, a obra saiu com tiragem de 1 milhão de exemplares em mais de 50 países e tradução em nove línguas. Joseph Ratzinger é um intelectual sofisticado. Seu debate com o filósofo Jürgen Habermas sobre a crise do secularismo, pouco antes de ele se tornar papa, é um ponto alto no diálogo de alto nível dos últimos anos. Mesmo assim, é possível argumentar que o papa e seus leitores não servem para desmentir o preconceito contemporâneo contra os religiosos. Ratzinger é um intelectual, mas é como teólogo que ele se destaca. E a teologia é uma parte desse mundo estranho da religião que o secularismo pretendia ver desaparecer. No livro sobre a infância de Jesus, o papa reitera, contra leituras pretensamente mais esclarecidas dos Evangelhos, a virgindade de Maria. “Isso é um escândalo para o espírito moderno”, diz. Para a visão secularista, Deus “tem permissão para operar no pensamento e nas ideias, mas não na matéria”, afirma Bento XVI.
Esse secularismo tem ganhado, nos últimos anos, uma ala mais radical, chamada nos países de língua inglesa de “novos ateus”. São intelectuais ou cientistas que fazem da religião organizada ou da simples crença em Deus um inimigo a combater duramente. O filósofo Daniel Dennet e o biólogo Richard Dawkins são os mais conhecidos representantes do gênero. É exatamente contra esse “novo ateísmo” que se põe um outro livro que vem chamando a atenção nos países de língua inglesa: Where the conflict really lies: science, religion, and naturalism (Onde está realmente o conflito: ciência, religião e naturalismo), de Alvin Plantinga. “Há um conflito superficial, mas uma profunda concordância entre a ciência e a religião teísta; e concordância superficial, mas profundo conflito entre a ciência e o naturalismo”, escreve Plantinga. Por naturalismo, Plantinga entende a concepção muito difundida hoje de que não há nada além do que pode ser descrito pelas ciências naturais. Professor aposentado de Notre Dame, importante universidade católica dos Estados Unidos, Plantinga é calvinista como seus antepassados holandeses. Quando fala de Deus, não fala de algum “Deus dos filósofos”, uma entidade abstrata dedutível pela razão, mas com que não se pode manter nenhum tipo de relação pessoal. Como escreve Thomas Nagel, importante filósofo americano, na resenha do livro de Plantinga que fez para a New York Review of Books no mês passado, “a religião de Plantinga é de verdade”. Com criação, pecado, Céu, inferno e tudo o mais que está na Bíblia.
A mensagem (Foto: reprodução)
Plantinga é um filósofo analítico. Isso significa que ele se dedica a analisar os usos da linguagem e da lógica na ciência e em outras áreas do conhecimento. A racionalidade é um dos campos de trabalho de Plantinga, além da moderna filosofia da religião da qual ele é um dos fundadores. A argumentação de Plantinga em seu novo livro é técnica e bastante complicada, mas poderia ser resumida assim: a suposição de que a razão pode explicar o mundo, de que o mundo segue padrões que podem ser descobertos pela ciência, não tem como ser demonstrada logicamente. Aceita-se uma verdade com base em outra previamente conhecida. Mas, em algum ponto, o recurso a uma justificativa racional anterior tem de parar. E para em alguma “garantia” de que pode derivar de uma percepção, de uma intuição racional ou dos sentidos. Nenhuma delas pode ser demonstrada. Assim como a crença em Deus, uma “garantia” tão forte ou tão fraca como as outras, já que também não pode ser justificada e tem de ser aceita como dado inicial.
Segundo Plantinga, se for aceita a narrativa tradicional de que Deus criou o homem e lhe deu a inteligência que permite conhecer o mundo, o quadro se completa e é coerente. É razoável, para quem crê em Deus, imaginar que a inteligência humana pode atingir o conhecimento seguro sobre o mundo. Mas se, ao contrário, aceita-se a narrativa darwinista, não há nenhuma justificativa para imaginar que o homem, um produto do acaso como qualquer outra espécie animal, tenha atingido a capacidade de entender o mundo. A tese da evolução contém um paradoxo: se o homem é fruto do acaso, assim também é sua inteligência; consequentemente não há nenhuma garantia de que a inteligência humana fará mais do que aumentar as chances de sobrevivência do animal humano. Esse raciocínio leva a esta conclusão: não se pode afirmar a verdade da teoria da evolução, porque ela seria um simples produto aleatório da inteligência humana.
O ARAUTO DA FÉ  Bento XVI, durante a festa da Imaculada Conceição, em dezembro. No mundo contemporâneo, o papa continua a reiterar a importância dos dogmas cristãos (Foto: Imago Stock)
Plantinga aceita a descrição da evolução das espécies. O único ponto que ele nega é que seja um processo ao acaso. Para ele, o processo tem de ter sido iniciado e guiado por Deus. Do contrário, não há conhecimento possível. Do ponto de vista epistemológico, ele alega que, como há evidência empírica de que milhões de pessoas têm fé, uma forma de garantia do conhecimento tão forte ou tão fraca quanto qualquer outra, não se pode descartá-la por nenhum método científico, que também se baseia em garantias primárias não demonstráveis.Aceite-se ou não a argumentação de Plantinga, e simplesmente acompanhá-la em sua exposição completa já é bastante complicado, evidentemente estamos muito longe da crença de alguém pouco ou mal instruído.
Embora Plantinga argumente que não é por acaso que a ciência tenha surgido no Ocidente cristão – por causa da concepção dos cristãos sobre Deus –, a união entre alta sofisticação intelectual e religião tradicional no Ocidente não é exclusiva do cristianismo. Um dos maiores filósofos vivos é o lógico americano Saul Kripke, que revolucionou seu campo de estudos nos anos 1970 com o livro Naming and necessity (Dar nomes e necessidade). Apontado por alguns como o único gênio filosófico vivo, Kripke não abandonou a fé de seu pai, rabino, e é um judeu observante. “Eu não tenho os preconceitos que muitos têm hoje”, disse ele recentemente numa entrevista na Noruega. “Não acredito numa visão de mundo naturalista. Não baseio meu pensamento em preconceitos ou numa visão de mundo e não acredito no materialismo.”
Na persistência das religiões, há muito mais do que um interesse mútuo entre crenças e impérios. Há muito mais em jogo do que simples resquícios de velhas identidades religiosas que, mais cedo ou mais tarde, serão varridas do mapa pelo secularismo moderno. Não há respostas simples para a pergunta do começo deste artigo. Não há nenhuma resposta simples para o fato de estarmos, em pleno século XXI, na América do Sul, ainda celebrando o Natal e discutindo um movimento de pescadores judeus aparentemente derrotado no primeiro século de nossa era.
Revista Época
  
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