quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Hoje completa 90 anos da Morte de Lima Barreto

Do UOL, em São Paulo


O escritor Lima Barreto fotografado no Hospital Psiquiátrico Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1919O autor e jornalista carioca Afonso Henriques de Lima Barreto, responsável por obras literárias como "O Triste Fim de Policarpo Quaresma" e "Recordações do Escrivão Isaías Caminha", morreu há exatos 90 anos, em 1º de novembro de 1922. Durante esse período, ícones de suas obras como Policarpo, Isaías Caminha, Doutor Bogóloff e Clara dos Anjos já foram transformados em espetáculos, quadrinhos, filmes e até mesmo novelas.
Tendo como principal característica o realismo, que ajudou a quebrar o momento literário parnasiano do fim do século 19, Barreto criou personagens caricatos para descrever a situação política do país, que vivia o positivismo do presidente e marechal Floriano Peixoto, com o qual ele não concordava.

Em "Fera Ferida", exibida entre 1993 e 1994, o autor Aguinaldo Silva usou diversos de seus personagens e histórias para compor a cidade fictícia de Tubiacanga. "Silva homenageou o autor através do poeta Afonso Henriques, personagem interpretado por Otávio Augusto, cujo nome completo era Afonso Henriques de Lima Barreto, homônimo do homenageado. Além disso, havia uma foto de Lima Barreto com a faixa presidencial no gabinete do prefeito de Tubiacanga", relembra o acervo de novelas da Globo. 

Outro momento importante da carrera póstuma de Barreto foi a adaptação cinematográfica de "O Triste Fim de Policarpo Quaresma", em 1998, com Paulo José, Giulia Gam e direção de Paulo Thiago. O filme transforma em comédia cenas importantes do livro, como quando Policarpo se deita de bruços na grama para fazer sexo com sua terra, tamanho o nacionalismo do personagem – e do autor.
Nos quadrinhos, o autor ganhou versões para tornar suas leituras mais fáceis para a fase escolar. Edgar Vazquez e Flávio Braga foram dois dos autores que levaram Quaresma para os quadrinhos já nos anos 2000.
Durante sua vida como escritor, Lima Barreto influenciou o início do modernismo com sua fala mais coloquial e que privilegiava personagens boêmios e revolucionários. Ele morreu após diversas internações em hospitais psiquiátricos por causa de sua constante depressão e alcoolismo, em 1922, aos 41 anos. Não se casou e não teve filhos. 

Relembre obras de Lima Barreto

Foto 6 de 7 - Capa de um dos primeiros exemplares de "Recordações do Escrivão Isaías Caminha", lançado em 1917 Reprodução - UOL Notícias

Empresas perdem medo e lutadores viram astros da publicidade

Maurício Dehò 
Do UOL, em São Paulo*


A natureza agressiva dos esportes de luta criou barreiras difíceis de serem rompidas, mas a febre UFC no Brasil tem ajudado ao menos o MMA a derrubar o preconceito do mercado publicitário em relação à modalidade.
No intervalo de importantes telejornais ou novelas, figuras como Neymar e Ganso já aparecem junto de nomes como Anderson Silva e Vitor Belfort. É um reflexo, de acordo com os próprios anunciantes, de uma estabilidade da modalidade que permitiu deixar o preconceito de lado e investir num mercado crescente de fãs e potenciais clientes.

Lutadores de MMA em comerciais na TV - 20 vídeos

Wanderlei Silva em comercial de papel higiênico
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É o caso de empresas como a P&G - da Gillete e Head & Soulders -, Ford, Sky e a Renault, sendo que esta última reuniu numa campanha publicitária cinco lutadores que já conquistaram títulos no MMA:  Anderson Silva, Minotauro, Wanderlei Silva, Maurício Shogun e Lyoto Machida.

Pioneiro, Belfort relembra desconfiança

  • UFC/Divulgação
    Um dos primeiros brasileiros a virar no mundo publicitário é Vitor Belfort, que mesmo antes do boom do UFC no Brasil já figurava como garoto propaganda. "A realidade é que o MMA agora é algo concreto. O preconceito sempre vai existir, mas agora conseguimos estabilizar o esporte. É um trabalho de muitos anos", diz ele, que esteve em anúncios da Sky e da Gillete, entre outros. "Está todo mundo vindo atrás agora. Eu fico feliz, porque por muitos anos fiquei ouvindo que o MMA nunca iria para frente, com as pessoas desacreditando o esporte. Era meu sonho, poder ver esse momento e ainda lutando, ainda em atividade, podendo colher tudo que eu plantei."
No caso da P&G, a aposta foi em duas frentes no UFC para campanhas publicitárias e exposição de marca. A Gillette patrocinou na TV Globo o reality show The Ultimate Fighter, na TV Globo, com inserções de merchandising no meio do programa, e a Head & Shoulders recentemente lançou comerciais de xampus anticaspa com Lyoto Machida e Cezar Mutante como estrelas, além de também apoiarem o UFC.
A estratégia da marca é mais ampla, de se comunicar com o público masculino em diversos esportes. Entre outros investimentos, por exemplo com a seleção brasileira e Lionel Messi, surgiu o MMA. “Com o crescimento e a paixão que o UFC gerou, o MMA virou um foco pra gente. Não queríamos ficar fora dessa”, explica Sílvia Andrade, gerente de marketing da P&G.
A Gillette e a Head & Shoulders fizeram um contrato em conjunto com o UFC e o TUF. Na internet as campanhas em vídeo passam da marca de 26 milhões de acessos. De acordo com a P&G, tudo foi possível após o MMA se consolidar como esporte.
“O que gera preconceito é a falta de conhecimento. Hoje as pessoas sabem que não é uma luta de rua, é um esporte com regras, disciplina, respeito. O conhecimento ajudou a quebrar o preconceito”, opina Sílvia.
Estes valores que foram ligados ao MMA também motivaram a Sky, operadora de TV por assinatura, a ampliar seus investimentos no esporte para o segmento das lutas. Vitor Belfort é o principal garoto-propaganda da marca nesta área.
“A Sky tem um projeto forte no esporte, então nada mais natural que passar a apoiar o esporte que mais evolui e atrai adeptos. Decidimos patrocinar o Vitor Belfort, porque ele é reconhecido pelos seus valores dentro e fora do octógono”, diz o diretor de marketing da empresa, Marcelo Miranda. 
“O MMA bem organizado, como no caso do UFC, trata-se de um esporte de altíssimo rendimento e, apesar da agressividade implícita, acredito que os valores positivos como disciplina, respeito, dedicação, entre outros, são muito mais relevantes”, completa ele, descartando que a modalidade seja de risco para os anunciantes, em caso de possíveis polêmicas no futuro, dentro ou fora dos octógonos.

Grande astro, Anderson Silva ri de si mesmo e de rivais em propagandas

  • Como era de se esperar, Anderson Silva é quem lidera a lista de aparições em propagandas, com algumas das mais famosas entre os lutadores de MMA. O detalhe é que Anderson não tem problema de rir de si mesmo ou até provocar rivais. Pelo Burger King, ele estrelou uma campanha em que sua se caçoava de sua voz fina. Em outro comercial da lanchonete, relembrou o convite para Chael Sonnen curtir um churrasco em sua casa. O campeão do UFC pretende atuar quando se aposentar e já dá uma palha: canta, dança e representa em seus vídeos, exemplo também da campanha da Budweiser, ao lado do ator Steven Seagal.
Estereótipos permanecem
Apesar de assumirem os riscos e deixarem de lado o público que ainda é contra o MMA - há inclusive projeto de lei em Brasília se propondo a banir a modalidade da TV aberta -, algo que pouco mudou foi a imagem dos lutadores quando retratados nas campanhas. O mais comum ainda é ver os “brutamontes” com estereótipos de fortões e ameaçadores.
É o caso de campanhas como a “Vai Amarelar?”, da Gillette, em que Vitor Belfort e outros fortões aparecem para “sugerir” o uso da lâmina de barbear da marca. Ou a da Ford com Anderson Silva e Deborah Secco, em que um ator é pedido para se imaginar atuando sob pressão e acaba cara a cara com o campeão dos médios do UFC.
Outros comerciais preferem manter os seus patrocinados no papel de lutadores. Exemplo disso é o a propaganda em que Rodrigo Minotauro e Anderson Silva “disputam” uma moto Honda, ou a do Renault Duster, em que astros do UFC aparecem treinando para mostrar suas qualidades.
*Colaborou Jorge Corrêa

Sangue, suor e... 'porrada'

Foto 1 de 50 - Reza Madadi fica com o rosto sangrando durante a derrota para o brasileiro Cristiano Marcello AP Photo/Felipe Dana - UOL Notícias

Valério ‘depõe’ à Procuradoria e menciona Lula


A língua de Marcos Valério amolece na proporção direta da aproximação da cana dura. O operador do mensalão prestou depoimento à Procuradoria da República, informam os repórteres Ricardo Brito e Fausto Macedo. Deu-se em setembro, numa audiência com o procurador-geral da República Roberto Gurgel.
Valério informou que tem o que dizer. Em troca de proteção, ele se dispõe a colaborar. Tomado pelos nomes que levou à mesa, o provedor das arcas do mensalão é portador de segredos insondáveis. Citou Lula e o ex-ministro Antonio Palocci, dois nomes que não constam do processo sob julgamento no STF.
Contou que fez outras remessas de dinheiro ao exterior além daquelas que foram parar na conta de Duda Mendonça, o marqueteiro da campanha de Lula em 2002. Informou que foi ameaçado de morte. E insinuou que dispõe de informações sobre outro caso: o assassinato do ex-prefeito petista de Santo André, Celso Daniel, morto em 2002.
Para prover os detalhes, Valério pede para ser incluído no programa de proteção a testemunhas. Algo que, no limite, poderia livrá-lo da cadeia. Após avistar-se com o procurador-geral, formalizou o pedido em fax enviado ao STF, algo já noticiado no início da semana.
Destinatário do documento, o ministro Carlos Ayres Britto, presidente do Supremo, definiu-o como “hiperlacônico”. Disse ter remetido a peça ao relator do mensalão, Joaquim Barbosa. Determinou que fosse analisada sob sigilo. Por isso, absteve-se de dar detalhes.
Um eventual depoimento de Valério já não teria o condão de alterar os rumos do julgamento do STF. Ele já foi conenado a mais de 40 anos de prisão. Porém, suas revelações poderiam ter serventia em processos que ainda aguardam julgamento no próprio STF e na primeira instância do Judiciário. São desdobramentos do inquérito do mensalão. Há, de resto, o caso do mensalão do PSDB de Minas Gerais –uma parte corre no STF e outra na Justiça Federal, em Belo Horizonte.
Na hipótese de Valério ser levado a sério, ele seria incluído no programa de ‘assistência a vítimas e a testemunhas ameaçadas’. Previsto em lei, assegura proteção do Estado. O ex-parceiro de Delúbio Soares teria de ser enviado a um local desconhecido. Na prática, a proteção evitaria o cumprimento da pena de cadeia.
Dependendo do que Valério disser, a troca pode ser justificável. Primeiro porque o degredo não deixa de ser um castigo. Depois, poque o país tem o direito de conhecer os detalhes de tudo o que se passou no assombroso período de 2002 a 2005. Também merece conhecer os meandros do caixa clandestino que besuntou a malograda campanha reeleitoral do tucano Eduardo Azeredo ao governo mineiro.
UOL Notícias

Padre Marcelo abre em SP maior templo católico do Brasil

DIÓGENES CAMPANHA
DE SÃO PAULO


"Mãe de todas as igrejas" e "novo cartão postal de São Paulo". O padre Marcelo Rossi coleciona expressões para definir o Santuário Theotokos - Mãe de Deus, que será inaugurado amanhã, ainda incompleto, após sete anos em construção.
Novo palco das missas do sacerdote-cantor, o templo, em Interlagos (zona sul da capital), poderá abrigar 100 mil fiéis quando estiver totalmente pronto e será o maior da Igreja Católica no Brasil em capacidade de público.
Até a semana passada, o padre celebrava em um galpão alugado que recebia, no máximo, 13 mil pessoas, muitas delas do lado de fora.
O novo espaço terá uma nave de 8.500 m², onde ficará o altar. Na área coberta, 6.000 fiéis assistirão à missa sentados e 14 mil de pé --a Prefeitura de São Paulo concedeu uma autorização parcial para o funcionamento com lotação de 20 mil espectadores.
Após o término da obra, que continuará nos dias em que não houver missa, 80 mil pessoas poderão ocupar a área externa, de onde também verão o altar --as 14 pilastras que sustentam a estrutura foram dispostas de modo a permitir a visão.

Padre Marcelo abre maior templo católico do Brasil


Reinaldo Canato/Folhapress






Novo palco das missas do padre Marcelo Rossi, o Santuário Mãe de Deus em Interlagos, na zona sul de SP, será o maior templo católico do país
"A igreja precisa disso. O povo precisa de um lugar onde possa se concentrar em oração", diz o padre Marcelo. O espaço funcionará como a nova catedral da Diocese de Santo Amaro.
Segundo o bispo da diocese, dom Fernando Figueiredo, a matriz atual, no largo 13 de Maio, tem capacidade para 400 pessoas e é insuficiente para abrigar eventos como crismas, que agora irão para o Santuário.
"Um único setor de Santo Amaro tem 1.500 jovens em cada crisma, mais os padrinhos", diz Rossi. Ele espera que o templo se torne um novo ponto turístico na cidade.
"Mesmo quem não for católico vai querer passar para ver", afirma. O projeto do arquiteto Ruy Ohtake tem teto azul em forma de onda e uma cruz de 42 metros de altura.
Outros pontos de atração, segundo o sacerdote, são as pinturas de Nossa Senhora e uma reprodução da "Pietà", de Michelangelo, na cripta abaixo do altar. Rossi pretende ser sepultado no local, que só poderá receber padres e bispos da Diocese de Santo Amaro. "Senão, até padre de Pernambuco iria querer ser enterrado aqui", diz.
O religioso nega que esteja tentando se contrapor aos megatemplos que igrejas evangélicas como a Assembleia de Deus e a Universal do Reino de Deus estão construindo em São Paulo.
"Não pensei nos evangélicos. Tenho respeito enorme por eles, mas há igrejas como a Assembleia de Deus, que têm doutrina, e há seitas", diz o padre, evitando nominar as igrejas do segundo grupo.

Folha de S. Paulo
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