Os seis homens presos na Índia por suspeita de terem participado de um estupro coletivo contra uma estudante de 23 anos, que morreu na noite de sexta-feira (28) vítima dos ferimentos, foram formalmente acusados de assassinato pela polícia, segundo anúncio oficial feito neste sábado (29).
A universitária indiana, cujo estupro coletivo gerou uma onda de protestos na Índia, morreu na madrugada deste sábado em um hospital de Cingapura, onde estava internada. "A paciente morreu em paz às 4h45 (locais) do dia 29 de dezembro de 2012", afirmou o centro hospitalar Mount Elizabeth em um comunicado.
No momento em que a jovem morreu, vários diplomatas da embaixada da Índia em Cingapura estavam no hospital. Segundo a imprensa local, os diplomatas já preparavam a transferência do corpo da jovem a Nova Délhi.
Ao longo da sexta-feira, o hospital divulgou notas sobre o estado de saúde da vítima. "A paciente segue em um estado extremamente crítico. Continua na unidade de terapia intensiva do Hospital Mount Elizabeth. Nosso exame médico mostra que, além do ataque cardíaco sofrido, ela sofre de infecção nos pulmões e no abdômen, além de uma fratura cerebral", dizia o comunicado.
Seis homens estupraram a jovem no ultimo dia 16 de dezembro, quando ela seguia viagem em um ônibus. Depois, os agressores lançaram a menina à rua com o veículo em movimento, o que lhe causou graves fraturas internas.
A agressão gerou uma onda de protestos populares em Nova Délhi. Os manifestantes entraram em confronto com a polícia. Um oficial foi morto e 143 pessoas ficaram feridas. Depois do anúncio da morte da jovem, milhares de indianos foram às ruas para pedir punição aos culpados. A polícia da Índia pediu aos manifestantes que façam os protestos de maneira pacífica.
Os seis implicados na agressão sexual, incluído o motorista do ônibus, foram presos e todos eles comparecerão perante a Justiça no próximo dia 3 de janeiro, depois que a pressão popular obrigou às autoridades a agilizar o andamento do processo.
A investigação oficial do caso também deverá esclarecer as circunstâncias em que o policial morreu durante a repressão dos protestos do último domingo (23). Segundo a autópsia, o agente morreu de um ataque de coração após ter sofrido "múltiplas lesões internas".
AS
Revista Época
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