quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Temperatura em São Paulo fica 3,5°C acima da média em dezembro

DE SÃO PAULO
DO RIO


Atualizado às 11h09.
Temperatura em São Paulo fica 3,5°C acima da média em dezembro
Nem mesmo as madrugadas têm refrescado os moradores de São Paulo e do Rio.
Os paulistanos encararam ontem a madrugada de dezembro mais quente dos últimos sete anos, com mínima de 23,9º C, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A medição foi feita no Mirante de Santana, na zona norte da cidade.
Na primeira hora de ontem, a temperatura era de 27,9°C.
Em dezembro, a média das temperaturas está quase 3,5°C acima do normal para o mês. "São elevadas para os padrões de São Paulo", diz a meteorologista Josélia Pegorim, da Climatempo.
Já os cariocas enfrentaram 33ºC na madrugada e 43,2ºC de dia (calor mais intenso desde o começo da medição, em 1915), apontou o Climatempo.
A máxima foi registrada em Santa Cruz (zona oeste). Em Copacabana (zona sul), ficou em 36,5ºC.
Segundo meteorologistas, o calor está intenso porque uma massa de ar quente de alta pressão impede que frentes frias cheguem à região.
São elas que refrescam as noites, diz Celso Oliveira, da Somar. "Elas trazem ventos do sul, mais frios. [Nos últimos dias] acabaram predominando ventos do norte, que vêm da linha do Equador."
A alta umidade do ar ainda aumenta a sensação térmica nas duas cidades.
Ontem, São Paulo registrou temperatura máxima de 30,6º C à tarde, segundo o Inmet.
Adriano Vizoni/Folhapress
Em meio ao calor, o pequeno Gabriel Frega, 2, brinca com o tio Sérgio frega, 30, na piscina do clube Atlético Juventus
Em meio ao calor, o pequeno Gabriel Frega, 2, brinca com o tio Sérgio frega, 30, na piscina
A previsão é que amanhã chegue uma frente fria, o que deve amenizar a temperatura, mas também causar temporais até o Ano-Novo.
A situação deve chegar ao Rio pouco antes do Réveillon e se manter na virada do ano.
Enquanto o calor não diminui, sofrem por exemplo aqueles que precisam trabalhar engravatados.
"O que dá para fazer é tirar o terno na hora do almoço", afirma o bancário Sandro Acrisio, 31, de São Paulo, que não pode tirar a gravata nem em véspera de feriado.
O seu colega Julimar Silva Bezerra, 28, tem a mesma rotina, mas reclama mais do calor na madrugada. "Parece que durante a noite fica a mesma temperatura. Já comprei um umidificador e a minha próxima aquisição vai ser um ar-condicionado", diz.
"Não venta. Abro a janela e não vejo nenhuma folha se mexendo. A casa fica toda aberta e não adianta", conta o engenheiro Felipe Cabaz Mello, 26. 

(GUILHERME GENESTRETI E REGIANE TEIXEIRA)

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