O site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília, foi alvo ontem de um ataque hacker. A tentativa de invasão partiu de servidores da Internet localizados na Polônia e nos Estados Unidos, objetivando conseguir dados pessoais dos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O ataque sobrecarregou a página do Inep, o que intensificou as reclamações de estudantes que tentavam consultar suas notas no Enem de 2012, divulgadas por volta de 8h40min de verão na capital federal.
Como medida de segurança, técnicos do Inep retiraram o site do ar entre 13 horas e 13h30min para blindar as informações dos candidatos. Durante a tentativa de invasão, a página do instituto registrou até oito milhões de acessos simultâneos. Pela manhã, o pico de solicitações de acesso por minuto havia sido de 370 mil.
Para o especialista em crimes digitais Wanderson Castilho, “derrubar” o sistema deliberadamente é a última opção de quem sofre um ataque hacker: “Não dá para saber se o Inep fez isso porque tinha um sistema de segurança fraco ou porque o hacker tinha habilidade extraordinária”, declarou. O Inep afirmou que as informações pessoais dos estudantes foram preservadas. No início do mês, a presidente Dilma Rousseff sancionou leis que preveem penas para quem comete crimes eletrônicos no País.
Notas reacessadas
Depois que o sistema voltou ao ar, mais estudantes conseguiram verificar suas notas no Enem. Até as 13 horas, cerca de 700 mil alunos entraram no sistema. Entre 13h30min e 16 horas, o número de consultas chegou a aproximadamente 840 mil. Às 18 horas, cerca de 1,95 milhão de candidatos tinham conferido sua pontuação na Redação e nas quatro provas objetivas, de Linguagens e Códigos, Matemática, Ciências Humanas e da Natureza.
O exame foi aplicado em novembro para cerca de 4,1 milhões de pessoas em todo o País. O Inep também divulgou as notas mínimas e máximas de cada prova objetiva.
Assim, os candidatos podem ter noção de seu desempenho em relação aos demais participantes. Para facilitar a compreensão das notas, foi publicado um guia que explica como funciona a correção da parte objetiva do exame. (das agências)
ENTENDA A NOTÍCIA
A metodologia utilizada pelo Inep para correção do Enem é a TRI (Teoria de Resposta ao Item), em que as questões são divididas em fáceis, médias e difíceis e têm pesos diferentes conforme o índice de erro e acertos em fase de testes.
O Povo
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