“O desenvolvimento da cognição da criança está a todo vapor. A memória é diferente da nossa e ela não consegue reter todas as informações na primeira vez que assiste. Por isso, cada vez que assiste a um filme, por exemplo, ela se atém a detalhes diferentes e se impressiona”, explica a psicóloga Patrícia Serejo, que explica a importância desse comportamento repetitivo. “A criança aprende a organizar suas ideias, a ter noção de temporalidade e causalidade, entre outros benefícios”.
Também é preciso saber que criança não sabe discernir o que é real e irreal. “O conceito de real e imaginário deve ser ensinado pelos adultos. E mesmo depois de apreendido tais conceitos, a criança irá percorrer entre um e outro com muito mais facilidade do que os adultos. E mesmo sabendo que não é real, o impacto emocional de um estímulo pode ser muito semelhante”. Por isso, é muito importante ficar atento ao conteúdo dos programas. Os pais devem mediar essa relação e dizer o que é ou não legal, construindo os valores junto com a criança e impedindo determinados conteúdos.
“A criança imita tudo e não é possível que não tenha acesso a nenhum conteúdo inadequado, seja na TV, na escola, no shopping ou no parque. Em qualquer um dos casos, se imitar, deve ser ensinada que este comportamento, mesmo ela tendo visto em algum lugar, não é adequado. Caso a criança já tenha sido advertida, deve sofrer alguma penalidade como consequência. Mas é preciso lembrar que a palmada nunca educa!”, alerta Patrícia.
A psicóloga ainda orienta a melhor maneira de ensinar o certo e errado por meio da televisão. “Quando os pais chegam em casa, devem conversar com a criança sobre o que ela fez no dia, como foi na escola, o que comeu e também sobre o que viu na TV. Assim, conversando sobre o conteúdo da TV, podem influenciar no desenvolvimento dos filhos”, finaliza.
UOL Notícias
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