Antes dos seis meses a mamadeira deve ser evitada, priorizando a amamentação no seio, mas existem exceções, como bebês prematuros ou que não se desenvolvem adequadamente, e filhos de mães que tenham doenças transmissíveis pelo leite materno. Após os seis meses, a mamadeira pode ser usada, mas com cautela, especialmente para que o bebê não se torne dependente dela.“O uso constante faz com que se perca a força para sugar o seio da mãe. E esse movimento de sucção é importante, pois trabalha toda a musculatura e faz com que o bebê tenha o rosto e o assoalho do crânio mais bem formado e os dentes enfileirados de forma correta. Além disso, aos seis meses ele pode comer duas papinhas por dia e a rotina alimentar já pode incluir almoço, jantar e uma fruta no intervalo”, explica.
O desmame pode ser iniciado com sucos pela de manhã, entre as mamadas e precisa ser algo gradual, incluindo papinhas de frutas, depois as salgadas. O processo deve ser transformado em algo prazeroso, com brincadeiras, alimentos com carinhas, que estimulam a criança a comer e esquecer o hábito. Comprar copinhos coloridos e divertidos também pode ajudar. Outra dica é explicar que ela já está grandinha e não precisa mais da mamadeira.
A médica explica que o ato de sugá-la é um mecanismo associado à necessidade de satisfação afetiva e de segurança, que desperta um sentimento no bebê semelhante ao que ocorre quando ele mama no peito da mãe. “Para os bebês, é natural e prazeroso chupar os dedos e mamadeiras, pois lembram o “seio” materno. Mas isso deve ser encarado como uma fase na vida da criança, que deve passar logo, pois, se estendido após os dois anos de idade, começa se tornar prejudicial, especialmente para a dentição”, diz.
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