O horário de verão, que começa no próximo domingo (21) e vai até o dia 17 de fevereiro, deve gerar ao país uma economia de R$ 280 milhões graças à menor necessidade de uso de usinas a gás durante o período. Além dessa economia, se os relógios não fossem adiantados em um hora em algumas regiões do país nesse período do ano, o Ministério de Minas e Energia (MME) teria de construir mais usinas térmicas – para atender a demanda nos horários de pico –, sendo necessários investimentos de R$ 3 bilhões.
"O objetivo do horário de verão é utilizar a maior luminosidade do dia nesse período. Em suma, é uma medida de maior eficiência energética", afirmou o secretário de Energia Elétrica do MME, Ildo Grüdtner. De acordo com os cálculos do ministério, a redução do consumo de eletricidade no intervalo deve ser de 0,5%, chegando a 4,5% nas horas de pico.
Segundo Grüdtner, a menor demanda durante esse tempo significa mais segurança para o sistema. "As companhias dispõem de uma folga adicional para poder fazer a manutenção de equipamentos. Como este ano estamos com nível de reservatórios um pouco mais baixo, a economia com o despacho de usinas térmicas a gás será maior."
Contudo, o maior efeito sentido pelos brasileiros nos próximos meses será na adaptação da rotina ao novo horário. "Na conta de luz individual, o impacto não é muito grande, mas qualquer ação que se tome para reduzir custo geral do país é benéfica para os consumidores", afirmou Grüdtner.
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Um total de 11 Estados e o Distrito Federal participarão do horário de verão. Além das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o Tocantins também terá de atrasar os relógios em uma hora no período, enquanto a Bahia - que adotou o novo horário no fim de 2011 - ficará de fora. "As regiões mais próximas da Linha do Equador têm uma variação menor na luminosidade dos dias durante o verão", disse o secretário.
Com 119 dias de duração, o próximo horário de verão será mais curto que o passado, que contou com 133 dias. Isso porque o terceiro domingo de fevereiro - no qual, tradicionalmente, os relógios retornam à posição normal - coincidiu com o carnaval de 2012, o que levou o MME a adiar a alteração daquela vez.
NP
Revista Época
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