O crime cibernético gerou prejuízos de R$ 15,9 bilhões no Brasil no último ano, segundo estudo divulgado pela Norton da Symantec nesta quinta-feira (4). A pesquisa mostrou que 28,3 milhões de pessoas foram vítimas deste tipo de crime no país –cada uma perdeu, em média, R$ 562.
Do total de 13 mil adultos entrevistados, com idade entre 18 e 64 anos, em 24 países, a companhia conversou com 546 pessoas no Brasil. Segundo a pesquisa, o custo global do crime cibernético chegou a US$ 110 bilhões, com cerca de 556 milhões de adultos vítimas de fraudes on-line durante o período, sendo uma média de US$ 197 por pessoa (R$ 399).
A soma indicada pelo estudo no Brasil é mais de dez vezes superior ao prejuízo de R$ 1,5 bilhão registrado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em 2011, com fraudes em serviços bancários via internet e celular, em transações de call center, cartões de crédito e de débito. A soma representa crescimento de 60% em relação a 2010, segundo a federação.
De acordo com a Symantec, além dos crimes relacionados ao uso de bancos pela internet, também causam prejuízos vírus, roubo de dados pessoais, invasão de e-mails e perfis sociais, invasão de dispositivos móveis e bullying on-line.
Ainda sobre o Brasil, a Symantec conta que 32% dos adultos pesquisados foram vítimas de crimes virtuais nos últimos 12 meses. Outros 44% receberam mensagens de texto vindas de desconhecidos, que pediam que eles clicassem em links ou ligassem para um número desconhecido. Em redes sociais, 23% dos entrevistados foram vítimas de crimes específicos para os sites sociais.
De acordo com a empresa de segurança, a pesquisa de 2012 mostrou um “aumento de novas formas de crimes on-line em comparação com o ano passado”. "Os cibercriminosos estão mudando suas táticas para atingir plataformas móveis e sociais", disse Marian Merritt, advogada da Norton Internet Safety, segundo comunicado da empresa.
Segundo o estudo, 15% dos usuários de redes sociais relatam que alguém invadiu seu perfil e se passou por eles em todo o mundo. Além disso, um em cada dez usuários de redes sociais foi vítima de golpe ou links falsos em plataformas colaborativas, informa a Symantec.
Proteção
A pesquisa também mostrou que alguns internautas ignoram medidas que poderiam protegê-los. “Dos entrevistados, 40% dos não usam senhas complexas nem as alteram com frequência”, diz o comunicado. “Além disso, mais de um terço não confere o símbolo de cadeado no navegador antes de digitar informações pessoais críticas.”
O e-mail, protegido pela senha, é apontado por especialistas da Symantec como uma das portas de entrada dos cibercriminosos. “Muitas vezes, e-mails pessoais contêm as chaves importantes para o mundo virtual. Contraventores podem tanto ganhar acesso a tudo em sua caixa de entrada do e-mail quanto redefinir suas senhas para qualquer outro site que você possa acessar”, afirma Adam Palmer, analista-chefe de crimes cibernéticos da Norton, segundo o comunicado da empresa.
A pesquisa também mostra, segundo a Symantec, que os adultos têm dificuldade em reconhecer as maneiras com as quais um malware age nos computadores. Dos entrevistados, 40% disseram não saber que um vírus pode, por exemplo, operar de forma discreta. Outros 55% disseram não ter certeza de que seus computadores estão limpos e livres de ameaças.
G1
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