Mais de mil documentos importantes, muitos deles originais com a assinatura do papa Bento 16, foram encontrados na casa de seu ex-mordomo, confirmaram nesta quarta-feira (3) agentes da força policial do Vaticano no julgamento contra Paolo Gabriele.
"Desde o primeiro momento, o comandante do Corpo da Gendarmaria do Estado da Cidade do Vaticano, Domenico Giani, deu ordem a todos de tutelar Gabriele, sua família e seus filhos, e ele mesmo nos agradeceu o tratamento recebido", disse um dos agentes sobre as denúncias de mau trato feitas pelo ex-mordomo na audiência de ontem.
Luca Cintia, vice-comissário da Gendarmaria, confirmou ainda que ele foi o responsável pela detenção e custódia de Gabriele e que o ex-mordomo"sempre foi tratado da melhor maneira possível".
Ontem, após ser interrogado por sua advogada, Cristiana Arru, Gabriele afirmou que permaneceu detido em uma cela que não cumpria os requisitos mínimos, até o ponto de não poder esticar os braços.
EX-MORDOMO DIZ QUE SE SENTE CULPADO POR TER TRAÍDO O PAPA
Também declarou que sofreu pressões psicológicas, já que - segundo o próprio - durante a primeira noite lhe impediram de usar o travesseiro e que durante 20 dias a luz permaneceu acesa 24 horas por dia.
Gabriele, de 46 anos, está sendo acusado de roubo com agravantes de documentos reservados do pontífice, delito pelo qual pode ser condenado a até quatro anos de prisão.
A audiência de hoje começou às 9h13 locais (4h13 de Brasília) na sede do Tribunal de Justiça do Vaticano e durou uma hora e meia. A próxima acontecerá no sábado, dia no qual deve concluir o julgamento e ser ditada a sentença.
Uol Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário