quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Produção de leite no Ceará cai à metade


A produção de leite do Ceará já está apresentando uma redução de 50% e a mesma tendência está se verificando no que diz respeito à carne suína, devido à falta de milho no mercado. Existe a possibilidade, ainda, de acontecer este mesmo tipo de problema em relação aos produtos derivados do setor avícola, como frangos e ovos. Está é a preocupação do presidente da Federação da Agricultura no Estado do Ceará (Faec), empresário Flávio Saboya.

Ele viajou para Brasília, onde apresenta uma proposta de aumento da produção na região Nordeste, para exame da Confederação Nacional da Agricultura. E afirma que tudo isso está acontecendo porque as autoridades federais não estão tendo a devida sensibilidade, facilitando a vinda do milho para o Estado do Ceará, que teve uma safra do produto de apenas 10%, devido à seca inclemente. “Praticamente nós não temos mais a quem apelar para resolver essa crise, porque já falamos com todas as autoridades e, até agora, não aconteceu nada”.

ESTOQUES
Para o presidente da Faec, a solução seria que nas capitais do Nordeste existissem grandes armazéns para que, na hora da oferta do produto, serem feitos os estoques reguladores, visando à distribuição nos momentos de crise, ou seja, durante a seca. “Isso geraria uma descentralização do produto que sairia dos grandes centros como Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde a produção é maior”, asseverou.

Flávio Saboya esteve em Salvador, recentemente, participando da reunião sobre o milho, quando apresentaram uma proposta para aumentar a produção do grão, através de novas técnicas, uma delas de maior resistência à seca. Segundo ele, em tempo normal, são produzidos apenas 1.200 quilos de milho no Ceará, por hectare plantado, sendo que as novas técnicas possibilitam, mesmo em tempo de seca, triplicar esta quantidade. “Há variedades de milho extremamente adaptadas às nossas condições climáticas, com produtividade acima de 5.000 quilos por hectare”, exemplifica. E acrescenta que somente com um programa estadual e regional, será possível reverter o quadro que ora se apresenta.


Jornal O Estado

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