FOTO: TIAGO STILLE / O ESTADO
Andressa Souza
Da Redação do O Estado ONLINE
Em comemoração ao Dia da Criança, mais de mil meninos e meninas carentes, portadores de câncer, HIV ou necessidades especiais participam de manhãs dedicadas exclusivamente a eles, com direito a cinema, apresentações culturais, lanche e brincadeiras no parquinho. A 12ª edição do projeto Manhã Feliz, desenvolvido por um shopping center, contempla 14 instituições filantrópicas e oferece uma excursão pelos equipamentos de lazer e cultura do centro comercial.
De acordo com informações do shopping, existe uma logística interna preparada especialmente para os dois dias de evento (ontem e hoje), de modo a atender 1055 crianças, entre zero e oito anos. As crianças preencheram três salas de cinema, duas com exibição de filmes e outra com apresentação teatral. O pequeno Sávio, de oito anos, estava encantado. Assim como muitos de seus amigos, esta foi a primeira vez que ele assistiu a um filme no cinema. Para ele, o tamanho da imagem foi o que mais surpreendeu.
“É muito diferente de ver filme em casa”, disse o menino. A mãe dele, Cláudia Batista, ficou feliz com a iniciativa, porque é uma novidade para as crianças, que pela carência financeira e social de suas condições, não têm acesso aos equipamentos. Sávio faz parte do Grupo de Apoio às Comunidades Carentes (GACC), instituição que promove projetos sociais voltados à população necessitada.
ALEGRIA E PARTICIPAÇÃO
Emanuel Maciel era um dos mais empolgados com o projeto. Com apenas seis anos, sinalizados por ele mesmo nos dedos das mãos, o garoto saiu aos pulos de alegria da sala de apresentação teatral. “Mas o que eu mais gostei foi a Mônica”, ele contou, bastante animado, fazendo referência ao filme da Turma da Mônica exibido anteriormente. Emanuel faz parte da Associação Beija-Flor e participa do “Manhã Feliz” há três anos.
“Eles passam o ano esperando pelo Dia das Crianças”, contou Natália de Holanda, coordenadora de projetos da Associação Beija-Flor, entidade destinada a crianças e adultos com deformidade facial, especialmente o lábio leporino. Natália destaca que essa é uma oportunidade importante para a socialização das crianças, que enfrentam dificuldades não somente pelo defeito físico, mas também pelo preconceito enfrentado. “É a chance que eles têm de conhecerem outras crianças”.
O projeto surgiu em 2001 e conta com o apoio de lojistas, empresas e clientes, que contribuem com lanches e presentes doados a cada criança. “A gente quer que a iniciativa seja replicada em outras empresas privadas”, afirmou a superintendente do shopping, Marcirlene Pinheiro. “Não vai faltar gente que precise”, frisou.
As 14 instituições beneficiadas por esta edição foram: Creche Amadeu Barros Leal, Integrasol, Fundação Ana Lima, Grupo de Apoio às Comunidades Carentes (GACC), Associação Beija-Flor, Projeto Raízes, Centros de Educação Infantil da Prefeitura Municipal de Fortaleza – Regional IV, Creche Dom Aloízio Lorscheider, Instituto Cristo Rei, ABC Curió, Lar Amigos de Jesus (antiga Casa do Menino Jesus), Associação Cearense Assistencial às Pessoas com Deficiência (ACAPD), Associação Congregação de Santa Catarina – Creche Madre Regina e Casa Sol Nascente.
Jornal O Estado
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