quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Dilma: acho 'ridículo' dizer que país corre risco de racionamento de energia

Do UOL, em São Paulo


A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (27), em entrevista a repórteres no Palácio do Planalto, que não existe crise de energia no país.
De acordo com a presidente,  o compromisso do governo é fazer com que as interrupções de energia sejam superadas. "Acho ridículo dizer que o Brasil corre risco de racionamento de energia", disse.
Em 2012, o setor elétrico enfrentou diversos problemas como apagões e panes que afetaram diversos Estados. O governo trava uma dura batalha com algumas concessionárias de energia, após anunciar redução na conta de luz em 2013. As ações dessas empresas chegaram a cair mais de 40% na Bolsa.
Sobre a economia do país, Dilma declarou que "2013 será um ano muito bom, e que investir em infraestrutura tem que virar agora uma obsessão".
A presidente disse ainda que o governo quer a inflação e as contas públicas sob controle e que fará tudo que for  possível para que haja deficit nominal decrescente.

Conta de luz terá redução

No início do mês, Dilma Rousseff disse que o "Tesouro do governo nacional" vai "bancar" a redução da conta de luz mesmo sem o apoio de todas as empresas elétricas ao plano. 
O principal obstáculo ao plano do governo federal para baixar a conta de luz veio das estatais estaduais Cesp, Cemig e Copel, de São Paulo, Minas Gerais e Paraná --Estados administrados pelo PSDB, principal partido da oposição ao governo federal.
As três optaram por não prorrogar os contratos de suas hidrelétricas nos moldes propostos pela União --com redução em torno de 70% da tarifa--, o que dificulta a meta de reduzir a conta de luz em 20% em média (considerando todas as empresas e os domicílios).

O que as concessões das elétricas têm a ver com a conta de luz mais barata?

Na véspera do feriado de 7 de setembro, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a conta de luz ficaria mais barata para consumidores e empresas a partir de 2013. A medida era uma reivindicação antiga da indústria brasileira para tornar-se mais competitiva em meio à crise global.
Para conseguir baixar a conta de luz, o governo precisou "mudar as regras do jogo" com as companhias concessionárias de energia, e antecipou a renovação dos contratos que venceriam entre 2015 e 2017. Em troca de investimentos feitos que ainda não tiveram tempo de ser “compensados”, ofereceu uma indenização a elas.
Algumas empresas do setor elétrico ofereceram resistência ao acordo, alegando que perderiam muito dinheiro.   
Desde o anúncio de Dilma, as ações de empresas ligadas ao setor passaram a operar em baixa na Bolsa de Valores, e algumas chegam a acumular queda de mais de 40% em dois meses. Com isso, o setor elétrico, que era historicamente atrativo por ter resultados e dividendos estáveis ou crescentes mesmo em crises econômicas, passou a ser alvo de desconfiança de investidores desde então no mercado acionário brasileiro.
(Com informações da Reuters)

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