sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Três ministros do STF condenam Dirceu e Genoíno


O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, relator da Lei da Ficha Limpa, durante sessão para decidir sobre a legalidade da Lei (Foto: Valter Campanato/ABr)Quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já leram seus votos sobre a acusação de corrupção ativa de José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares - acusados pelo Ministério Público de comandar o esquema do mensalão.
Até o momento, são quatro votos pela condenação de Delúbio Soares. Dirceu e Genoíno receberam três votos pela condenação e um pela absolvição. 
A sessão desta quinta-feira (4) começou com o voto do ministro revisor, Ricardo Lewandowski. O minstro analisou a denúncia contra José Dirceu, e concluiu que o ex-ministro da Casa Civil deve ser absolvido por falta de provas. Lewandowski também absolveu José Genoíno, e condenou Delúbio Soares. O ministro divergiu do relator do processo, Joaquim Barbosa, que havia condenado os três por corrupção ativa. 
Após o voto do revisor, a palavra foi passada para a ministra Rosa Weber. Segundo ela, as provas apresentadas nos autos apontam para a existência de corrupção e compra de votos no Congresso. 
A ministra também considerou improvável que Delúbio Soares fosse o único responsável pelo manejo dos recursos. "Não é possível acreditar que Delúbio, sozinho, teria comprometido o PT com dívida da ordem de R$ 55 milhões, sem o conhecimento de qualquer pessoa do PT, mesmo estando todos envolvidos na formação da aliança política", disse ela. Rosa Weber concluiu seu voto condenado Dirceu, Genoíno e Delúbio por corrupção ativa. 
O ministro Luiz Fux também apresentou seu voto. Fux seguiu o mesmo entendimento que o relator, Joaquim Barbosa. Ele iniciou seu voto falando sobre a definição de caixa dois - para Fux, caixa dois não é um mero crime eleitoral, e deve ser considerado como corrupção. O ministro também considerou que era improvável que Delúbio fizesse os repasses de recursos sozinho, condenando José Dirceu e José Genoíno.  
O julgamento continua na próxima terça-feira (9), com os voto do ministro Dias Toffoli.
bc

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