De acordo com uma das socorristas, a versão da mulher que acompanhava o alpinista morto na tarde deste domingo (2) após despencar por alguns metros do morro do Pão de Açúcar, na Urca, na zona sul do Rio, o cabo que sustentava Bruno da Silva Mendes, 32, parecia estar enferrujado e arrebentou. Ele teria então ficado pendurado no corpo dela por uma corda que os ligava.
De acordo com o GOA (Grupamento de Operações Aéreas) do Corpo de Bombeiros, o rapaz estava quase no topo quando teve um problema com o equipamento e despencou vários metros, ficando preso pelas pernas, com o tronco para baixo.
Os bombeiros foram acionados por volta de 15h e o resgate do rapaz levou duas horas por causa da dificuldade de acesso ao local.
A assessoria de imprensa dos bombeiros informou que Mendes foi levado inicialmente para um campo do Exército próximo e, de lá, encaminhado para o hospital municipal Rocha Maia, em Botafogo.
Reprodução/Globo News | ||
Bombeiro resgata alpinista que despencou vários metros ao escalar o Pão de Açúcar, no Rio |
Andreia, 40, que praticava alpinismo há cerca de um ano, foi resgatada com vida. Os bombeiros subiram de bondinho para o topo do morro para poder resgatá-la e a levaram para o solo em uma cadeiras de rodas, também de bondinho.
Ela sofreu algumas escoriações e foi levada para o hospital Miguel Couto, na Gávea (zona sul), devido à compressão que sofreu ao sustentar o peso de Bruno. Os familiares dela estão no hospital e devem transferi-la para outro local.
Ao acompanhar a chegada da mulher à unidade, a Folha viu a calça de ginástica preta da alpinista rasgada e suas mãos queimadas. Segundo uma irmã de Andreia, ela disse que queria "ter morrido para salvá-lo."
O costão do Pão de Açúcar, um dos principais cartões-postais da cidade, é muito procurado por alpinistas e amantes de escaladas. Em julho do ano passado um outro homem morreu ao cair do costão, na região próxima à pista Claudio Coutinho.
De acordo com alpinistas que trabalham na região, a provável rota seguida pelos dois (Via dos Italianos e Cepi) é uma das mais tradicionais e frequentadas do Rio e, por isso, é lá onde ocorrem a maior parte dos acidentes. Segundo os profissionais, a maioria dos acidentes são causados por falha humana devido à falta de experiência.
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