quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Ginástica laboral proporciona bem-estar físico e emocional; confira 11 exercícios


Lucas Rodrigues
Do UOL, em São Paulo

A prática de exercícios regulares no ambiente de trabalho auxilia no combate ao desgaste emocional e melhora o relacionamento interpessoal dos trabalhadores, segundo especialistas. A ginástica laboral consiste em uma série de exercícios, desenvolvidos geralmente no meio da jornada de trabalho, com o objetivo de quebrar a rotina de movimentos repetitivos e auxiliar na prevenção de lesões.

A fisioterapeuta Letícia Oliveira Penaroti afirma que, além de ajudar em uma reeducação corporal, a prática da ginástica laboral diminui o surgimento da LER (Lesão por Esforço Repetitivo). “Dentro dessa síndrome, existem milhares de doenças: tendinite, tenossinovite, síndrome do túnel do carpo, bursite, entre outras”, explica. “Com a ginástica, elas diminuem”.

Veja 11 dicas de exercícios de ginástica laboral

Foto 5 de 11 - Puxe sua perna para trás e tente segurá-la por 10 segundos; faça o mesmo movimento com a outra perna, como mostra a professora de ginástica laboral Mayra Cabral Ayres. Você também pode usar uma mesa como apoio para colocar sua perna bem reta; tente segurar a ponta do pé com uma mão. O fisioterapeuta Daniel Claret lembra que é importante ter a supervisão de um profissional da área para analisar as musculaturas e articulações sobrecarregadas Leandro Moraes/UOL

A ginástica laboral melhora também a condição física e psicológica dos funcionários e o aumento da integração entre as equipes. “Ela aproxima pessoas que você, talvez, nem sabia o nome direito. Com isso, a ginástica melhora não só o relacionamento profissional, mas pode transformá-lo em uma relação particular, humana”, analisa Daniel Claret, fundador da Health Pro, empresa especializada em oferecer programas de saúde.

Letícia explica que, com a norma reguladora 17, o Ministério do Trabalho estabeleceu parâmetros para que essa adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos funcionários acontecesse.

Claret acredita que, de alguma forma, a ginástica laboral atua nas pessoas, relaxando a cabeça, o corpo e a musculatura como um todo, ajudando-as a desempenhar melhor suas funções.

A introdução da prática de exercícios também beneficia os empregadores. “Para a empresa, além de reduzir o número de faltas, aumenta a motivação dos funcionários e isso faz com que eles acabem produzindo mais”, analisa Paulo Roberto Benício, fisioterapeuta e dono da empresa FIT (Fisioterapia Integrada ao Trabalho).

Benefícios

Os exercícios aplicados aos trabalhadores dependem do tipo de esforço a que estão condicionados. “Em um local onde o funcionário carrega bastante peso, como em uma fábrica, o maior número de lesões é por distensões musculares. Nesse tipo de empresa, a ginástica é mais voltada para o aquecimento”, conta Benício. 

Para esses profissionais, os exercícios devem ser mais dinâmicos, pois buscam aquecer as articulações e a musculatura, como o polichinelo.

Já para quem está condicionado a uma sobrecarga mais estática, como quem trabalha em escritório, o fisioterapeuta afirma que os exercícios devem ser de alongamento, estimulando mãos, braços, ombros e coluna cervical.

Quanta à duração, Claret considera três vezes por semana uma média ideal. Realizada apenas uma vez por semana, a atividade passa a ser contraproducente. “Se o empregador quer apenas uma vez, é preferível que leve uma pessoa para fazer uma massagem rápida”, avalia. “Vai ser mais aceito pelos funcionários e terá um efeito muito maior”.

Benício acrescenta que cada alongamento deve ter entre 10 e 15 segundos, uma vez que o objetivo dos exercícios não é aumentar a flexibilidade do músculo, mas sim “distensionar” a musculatura.

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