Para entender melhor o processo, é preciso saber primeiro como funciona a gestação de gêmeos. Ela pode ser de dois tipos: monozigótica e dizigótica. A primeira acontece com apenas um óvulo, que é fecundado por mais de um espermatozoide, fazendo com que mais de um feto evolua no útero, dentro da mesma placenta. Já a segunda conta com apenas um óvulo para cada célula reprodutora masculina, formando diferentes ambientes e evolução individual.
“No caso dos monozigóticos existe uma só célula-ovo. Isso significa que os bebês têm o genoma idêntico, assim como deve ser o sexo e a aparência deles. Já os dizigóticos não são semelhantes. São irmãos como quaisquer outros, que apenas vão nascer na mesma data. Serão gerados ao mesmo tempo, mas independentes. Os genomas não são necessariamente iguais e eles não terão a aparência exatamente igual. Pode ser um menino e uma menina”, esclarece o especialista.
O interessante é que, segundo o especialista, mesmo no caso da gestação em monozigótica, existe a possibilidade de os nenéns serem diferentes. “Eles deveriam ser absolutamente iguais, mas nem sempre são. Isso porque fatores externos podem influenciar os fetos. Mesmo que o genoma seja igual, os gêmeos podem assumir fisionomias diferentes. Por exemplo, se a mãe acaba tendo febre ou infecção de algum tipo, que ocasione uma trombose, pode ser que aconteça de entupir uma artéria. Se for do lado esquerdo, afeta só o bebê mais próximo dele, que pode se desenvolver de outra maneira. Pode ser que nasça um grande e outro pequeno. Infelizmente, em casos mais graves, pode ser que um deles tenha um braço menor ou não tenha um dos membros”, afirma Muller.
Um exame de ultrassom pode determinar o tipo de gravidez, a partir da definição de quantas placentas existem. Mas para ter certeza absoluta do rostinho dos nenéns, só mesmo depois do nascimento. O jeito é segurar a ansiedade e se preparar, cuidando muito da saúde para que os nenéns também possam vir saudáveis.
UOL Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário