segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A história de Jesus


NATALÍCIO BARROSO
Da Redação
A morte de Júlio César mudou, completamente, a configuração política de Roma. Dividido o Império entre três generais, coube, a Augusto, a Europa. A África a Lépido e a Ásia Menor a Marco Antônio. Apaixonado por Cleópatra, no Egito, Marco Antônio perdeu a batalha em Actium e, desde então, todo o império romano passou para as mãos de Augusto. Dono de 4 milhões e 500 mil quilómetros quadrados, Otávio, para se manter no poder e não enfraquecer o Império que havia conquistado, resolve dar fim às guerras sucessivas e fortalecer as fronteiras. Foi neste período que Jesus Cristo nasceu em Belém de Nazaré e foi visitado pelos reis magos: Baltazar, Melchior e Gaspar. A estrela que guiou os três reis das terras onde nasceram até Belém de Nazaré, até hoje é desconhecida. Mas todas as lapinhas que mostram Jesus Cristo deitado em uma manjedoura, também mostram os reis magos e a estrela que os levou até lá.
A vida de Jesus Cristo, no início, não foi fácil. Atormentado por uma predição, segundo a qual o rei dos judeus estava para nascer em algum lugar da Judeia, Herodes se desespera. Apelando para os reis magos que, antes de estar com Jesus, estiveram com ele,  pede aos três para, depois de ver o Filho de Deus, fossem estar com ele novamente. Avisados de que Herodes, na verdade, queria matar o Menino e não adorá-lo, como disse, os reis magos vão embora sem avisar. Herodes, revoltado, toma uma decisão: matar todos os meninos que tivessem nascido naqueles dois últimos anos. Assim, teria morto, fosse ele quem fosse, o Filho de Deus. As ordens de Herodes foram cumpridas. Jesus Cristo, no entanto, sobreviveu.  Como José acordou no meio da noite e ouviu, de um anjo, que o Menino corria perigo, fugiu. Foi com Jesus e Maria para o Egito e ali ficou até a morte de Herodes algum tempo depois.
Pregação
Jesus começou a pregar aos trinta anos de idade. Três anos depois estava morto. Crucificado em um monte chamado Calvário, foi sepultado graças à intermediação de José de Arimatéia e Nicodemus que colocaram o corpo do Messias em um túmulo que pertencia a um deles e que nunca tinha sido usado por ninguém. Três dias depois, segundo os Evangelhos, Jesus Cristo ressuscitou e, finalmente, subiu ao Céu depois de passar quarenta dias com seus apóstolos. Quarenta, na verdade, é um número sagrado na Bíblia.

Da mesma forma como o número sete é o símbolo da perfeição, quarenta é o símbolo da transformação. Jesus Cristo, antes de começar a sua pregação, passou quarenta dias no deserto tentado pelo demônio. Moisés, quando saiu do Egito, passou quarenta anos vagando no deserto do Sinai até aquela geração, que havia partido com ele do Egito, morrer e ser substituída por outra mais confiável.
Com a ascensão de Cristo ao Céu, fenômeno este que, segundo São Lucas, foi visto por quinhentas pessoas, aproximadamente, teve início o cristianismo. Mortos nas arenas pelos imperadores romanos e crucificados, muitas vezes, de cabeça para baixo, foi assim que aqueles que adoraram Jesus Cristo nas prisões e nas catacumbas, conquistaram, pouco a pouco, o império romano e o primeiro sinal disso foi a extinção dos deuses e de seus seguidores.
CRISTO NA HISTÓRIA
A maior contribuição de Cristo para a História, porém, foi a de acabar com a falta de esperança. Por isso a História se divide em duas partes. Antes e depois do Filho de Deus. Antes dele, o desespero.

Depois dele, a esperança. No desespero estão os trágicos gregos, quando se fala de Literatura e, no reino da esperança, Dante Alighieri. As tragédias gregas geralmente começam bem e terminam mal. A Divina Comédia, de Dante Alighieri, inverte essa lógica. Dante começa o poema com ele e Virgílio, o autor da Eneida, no Inferno, e termina o livro com ele e Estácio, o autor da Tebaida, inspirada em Virgílio, no Paraíso.
Tudo isso graças ao cristianismo que, diferente dos deuses gregos, não persegue os seres humanos (assim como Afrodite perseguiu Hipólito na peça de Eurípides e Ulisses foi perseguido por Poseidon na Odisseia), mas são perseguidos por aqueles que, algumas vezes (São Paulo foi um deles), mudam de comportamento.

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